O produtor Marcelo Almeida fala com orgulho da plantação de café que tem em sua colônia, a Alto Paraíso, localizada no ramal Campo Novo, em Acrelândia. Além da plantação de banana e mandioca, é do café que ele tira a maior parte da renda familiar.
“Eu já estou na quarta safra e não penso em deixar de cultivar café nunca mais, ainda mais recebendo todo o apoio que o governo do estado nos dá”, conta o produtor rural.
Marcelo Almeida é um dos 43 produtores da Associação Aprarucã, de Acrelândia que, nesta sexta-feira, 9, receberam do governo do estado 25 mil mudas clonais de café – tipo de muda de alta precocidade acelerando o processo de colheita de café.
Segundo o secretário de Estado de Agropecuária (Seap), José Carlos Reis, o que antes demoraria até dois anos, com essa nova muda os produtores já terão a primeira safra em um ano. “A vantagem da muda clonal é a rapidez com que a semente aparece. Esses produtores, que estão recebendo essas mudas hoje, podem contar com a primeira safra para daqui um ano no máximo”, explicou.
Além de doar 1.700 por hectare, para cada produtor, o governo do Estado oferece o preparo das áreas para o plantio e assistência técnica especializada. Atualmente, são produzidas 25 sacas por hectare, mas a meta do governo é fazer com sejam produzidas 100 sacas por hectare. Em média cada saca é vendida por R$ 270.
A tradição do plantio do café é incentivada pelo governo em Sena Madureira, Bujari, Manoel Urbano, Feijó, Capixaba e Plácido de Castro, locais onde já existia a plantação. Reis conta que 70% do café comercializado no Acre é comprado fora, mas que com os investimentos e incentivos que o Estado tem feito neste setor, a produção deve fortalecer neste ano. O secretário revela que a meta é zerar essa porcentagem.
“O nosso objetivo é investir oito milhões de reais na cadeia do café e expandir para a região do Vale do Juruá, aumentando a produção. Além disso, vamos colocar um descascador e um secador para que os produtores tenham condições de valorizar ainda mais o produto”, ressaltou.
Gersi de Souza, presidente da Associação Aprarucã, explica que sem a ajuda do governo não seria possível avançar no cultivo do café.