Unidade de Pronto Atendimento completa ciclo de obras na área de saúde para atender a população da região, que conta ainda com o Hospital do Juruá e o Hospital Materno-Infantil
Em sua primeira viagem oficial ao Vale do Juruá, o governador Tião Viana assinou a ordem de serviço para construção da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul. A UPA será construída nas proximidades do Porto do Buraco, uma área de bairros carentes como Várzea, Telégrafo, Remanso, Cobal e Miritizal, que pode atender até 500 pessoas por dia.
É uma unidade de urgência e emergência, com atendimentos mais simples e que pode realizar pequenas cirurgias. Os casos mais graves serão encaminhados para o Hospital do Juruá. Devido à sua localização estratégica – próxima ao rio Juruá -, a UPA também está voltada para o atendimento à população ribeirinha, muito numerosa no município. As obras vão custar mais de R$ 4 milhões e a previsão para conclusão é de oito meses.
O Acre conta com duas UPAS, que funcionam em Rio Branco. Além de Cruzeiro do Sul, o governador Tião Viana também fez o anúncio da construção de uma unidade em Brasileia para atender a região do Alto Acre. As UPAS do interior do Acre foram uma concessão especial ao Estado, graças a um pedido feito pelo próprio governador à presidente Dilma Rousseff. O programa do governo federal previa que as unidades seriam construídas apenas em cidades com mais de 80 mil habitantes.
Hospital do Juruá e Hospital Materno Infantil
Acompanhado do vice-governador Cesar Messias, deputados federais e estaduais, além de secretários e técnicos, o governador Tião Viana visitou o Hospital do Juruá e o Hospital Materno-Infantil. No Hospital do Juruá conversou com médicos, pacientes e servidores. O hospital é referência para toda a região e parte do sul do Amazonas. Inaugurado há três anos e meio, é voltado para alta e média complexidades, com atendimento ambulatorial, setor de cirurgias, UTI e laboratórios.
O setor ambulatorial oferece consultas em catorze especialidades. No ano passado foram realizadas aproximadamente 100 mil consultas. Os números relacionados à internação e aos exames também não param de crescer. Para se ter uma ideia, de janeiro a julho de 2010, mais de 87 mil exames foram realizados, entre laboratoriais, tomografia computadorizada, endoscopia, radiologia, ultrassonografia, eletrocardiograma e ecocardiograma.
O Pronto-Socorro anexo ao hospital também ficou próximo dos 100 mil atendimentos no ano passado. Na especialidade de ortopedia foram feitas 550 cirurgias de janeiro a julho. No hospital também já é realizada a implantação de marcapasso, em convênio com o Instituto do Coração (Incor) de São Paulo.
Durante visita ao Hospital Materno-Infantil, Tião Viana disse que 60% dos equipamentos já foram adquiridos e estão armazenados em Rio Branco, na Cageacre. Ele tenta agora conseguir com o ministro da Defesa o transporte do material para Cruzeiro do Sul. Assim, a previsão é de que em um mês o hospital já possa iniciar os atendimentos.
No Hospital Materno-Infantil, a equipe de governo foi recebida pela gerente Fabiana Ricardo, que explicou os detalhes de como funcionará a maternidade, que será a segunda no país em variedade de partos. Além das cesarianas e métodos tradicionais, as mães cruzeirenses vão poder optar pelo parto na água e o parto em mesa vertical, com ajuda da gravidade. As futuras mães vão receber orientações relacionadas a essas novas variedades de parto e passam por treinamento físico e psicológico. Além disso, os maridos também poderão acompanhar os procedimentos.
O complexo da nova maternidade que inclui estrutura física e equipamentos teve um custo total de R$ 9 milhões, com recursos próprios e do Governo Federal. A unidade conta com 84 leitos, além de cinco leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), para os recém-nascidos. Entre os serviços oferecidos no hospital também estão ultrassom, raios x, mamografia, laboratórios, eletrocardiograma e banco de leite. Na busca pelo atendimento humanizado, mínimos detalhes foram pensados, como a instalação de redes nas enfermarias para atender as populações tradicionais.