Estudantes cruzeirenses são selecionados na disputa das Olimpíadas da Língua Portuguesa

Temas escolhidos mostram realidades diferentes: de um lado a vida boa no interior e de outro a violência que ronda as escolas

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Mateus e Eduarda concorrem nas Olímpiadas de Língua Portuguesa nas categorias Memória e Opinião sob orientação da professora Elisângela Araújo (Fotos: Onofre Brito/Secom)

Dois estudantes de Cruzeiro do Sul foram selecionados para a penúltima etapa do concurso de âmbito nacional: as Olimpíadas de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro nas categorias memória e opinião. Na categoria Opinião, o classificado foi Mateus Albuquerque, aluno da 2ª ano do Ensino Médio da Escola Craveiro Costa, que abordou o tema ‘A violência adentrou os muros de nossas escolas: E Agora?’. Na categoria Memória a selecionada foi Eduarda Moura Pinheiro, aluna da 7ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisca Rita de Cássia Lima Pinto, que escreveu sobre a vida de uma mulher do interior com o título ‘Chão Varrido’. Nas outras duas categorias do certame, Poesia e Crônica, os selecionados são de Rio Branco. Empolgados, os dois estudantes cruzeirenses se preparam para viajar. Mateus participa da etapa classificatória em São Paulo e Eduarda vai a Belo Horizonte também tentar uma vaga na grande final, no dia 29 de novembro, em Brasília, quando serão conhecidos os 20 campeões nacionais, cinco em cada categoria.

A professora Elisângela Oliveira Silva de Araújo que é a orientadora dos dois estudantes, conta que na Escola Craveiro Costa as atividades, desde a formação do currículo, é voltada para a leitura e escrita e a chegada das Olimpíadas possibilitou que isso fosse feito com mais intensidade. Além disso, ela comenta que, por ser um concurso, os alunos ficam empolgados com a possibilidade de vencer, facilitando a tarefa dos professores. "A escola trabalha com leitura e escrita não só em Língua Portuguesa, mas é pedido pela direção da Escola que todas as disciplinas se empenhem na questão da leitura e escrita.

Memória e Opinião

Eduarda, que viaja hoje para Belo Horizonte, mora bem próximo da escola, em uma casa muito simples. Depois de entrevistar uma mulher do interior gostou e resolveu contar o que ouviu sobre a vida naquelas paragens. Para ela a vida no interior é muito boa, "cheia de coisas legais".  Ela arrematou feliz: "Foi muito bom, eu nunca tinha vencido nada".

Mateus conta, animado, que tinha muita esperança de ser selecionado e explica que escolheu o tema ‘violência’ por que atualmente está havendo muita violência nas escolas. "Essa situação é muito ruim", disse. No artigo ele dá exemplos de atos de violência e opiniões de pessoas de fora da escola. Mateus considera que a violência nas escolas pode ser combatida com palestras, guarda escolar mais participação dos pais.

A professora orientadora explica mais sobre a escolha do tema. Disse que a realidade dos bairros ao redor da escola é muito difícil. "Algumas pessoas preferem entrar pelo caminho errado e isso tem sido presente na vida escolar, neste ano, em especial no turno da tarde quando algumas pessoas entram na escola, portando objetos inadequados como facas. E essas pessoas vêm amedrontar os alunos na escola. Esta realidade fez com que pensássemos nesta produção, para alargar a visão sobre o problema, para que as pessoas, a Polícia, os juízes, se responsabilizassem mais e repensassem esta realidade. Estamos num espaço difícil. Nossa escola está num lugar difícil pela questão da violência e o texto leva a que todos pensem em agir, pois nosso espaço deveria ser de harmonia para permitir o melhor aprendizado. A violência interfere no dia a dia da escola e dificulta o trabalho,amedronta o aluno e o professor".

Nota: Os dois artigos podem ser conferidos na íntegra, no blog da professora orientadora: http://hellysa-garotasorriso.blogspot.com 

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