Há alguns anos, por iniciativa da primeira-dama do estado, Marlúcia Cândida, o governo do Acre fechou uma parceria com o Politécnico de Milão em Designer para gerar uma revolução na forma de fazer movelaria no Acre. Agora, após a troca de conhecimentos, cursos e técnicas, começa uma nova etapa, a de transformar o Acre em um polo moveleiro de ponta, com potencial comercial e competitivo em todo o mundo.
No começo da noite desta sexta-feira, 14, representantes do governo, do Politécnico de Milão e parceiros, reuniram-se na Casa Civil para discutir essa nova etapa. O governador Tião Viana também pode conhecer um pouco do resultado final dessa parceria: linhas de móveis desenhados com cinco empresas da capital. E agora, a primeira-dama se prepara para levar esse projeto a um novo patamar.
“Fico muito feliz com esse resultado. A nossa preocupação era ter feito tudo isso, depois passar em várias exposições e, no fim, não poder comercializar. Mas agora sabemos que temos potencial para disputar esse mercado”, conta Marlúcia Cândida. É por intermédio justamente das exposições que clientes têm se interessado na movelaria de ponta desenvolvida a partir do curso de designer do Politécnico. Aos poucos, oportunidades estão se abrindo para esse mercado.
Novos passos
Segundo Bernardo Sena, consultor de designer contratado pelo Politécnico, o Acre tem tudo para despontar no mercado de movelaria. Ele afirma que no Brasil é possível fazer móveis de alto padrão pela metade do valor com que eles são feitos na Europa. “Nós estamos acreditando muito no potencial desse projeto. Só os valores de produção geram uma alta competitividade”, reforça Sena.
Empresários locais também revelaram que no começo entraram no projeto desmotivados, mas aos poucos foram se contagiando pela ideia. Parceiros como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), já adquiriram novos equipamentos de marcenaria e movelaria e se preparam para atuar em novas capacitações. E para Marlúcia Cândida, a meta agora é investir na criação da Escola de Designer do Acre. Para desenvolver o projeto, ela se prepara para ir a Milão, estudar as instalações do Politécnico e voltar com a base do projeto para os próximos anos.