Unidade se constitui com parceria entre o Governo do Estado e MPE
Um espaço para investigação mais complexa de crimes foi entregue nesta terça-feira à população pelo Ministério Público Estadual. A Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado (DECCO) é reativada com a integração entre o Governo do Estado por meio da Secretaria de Segurança Pública e MPE. A delegacia atuará com o suporte do Grupo Especial de Atuação na Execução Penal composto por procuradores e promotores de Justiça e apoio das polícias Civil e Militar do Estado do Acre. O procurador-geral do MPE, Sammy Barbosa; a secretária de Segurança Pública do Estado, Márcia Regina; promotores de Justiça, o coordenador do grupo de Execução Penal, Gláucio Ney Oshiro e o delegado titular da DECCO, Karlesso Nespoli, participaram da solenidade de entrega da nova delegacia.
"Esta é a reativação da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, um espaço de investigação sofisticada para crimes mais complexos e que integra a parceria entre o Ministério Público e a Segurança Pública do Estado", explica o procurador-geral do MPE, Sammy Barbosa destacando o trabalho do Grupo Especial de Atuação na Execução Penal no auxílio aos órgãos de execução do Ministério Público.
A integração entre o MPE e o Governo do Estado por meio da Segurança Pública é fundamental, segundo a secretária Márcia Regina, para o enfrentamento da violência e criminalidade no Estado. "Uma só instituição não vai dar conta das demandas e suas inúmeras interfaces. Esta ação é uma das que dispõe toda a estrutura do Estado para estar junto à Justiça Criminal. A informação estará disponível em tempo real", diz a secretária citando como exemplo o Sistema Integrado de Gestão Operacional – SIGO – capaz de interligar informações referentes à população carcerária do Acre, com as polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros cujo objetivo é reduzir o tempo da ação e os custos da estrutura policial. O SIGO permite que promotores tenham acesso e interajam com delegados responsáveis pelos inquéritos policiais permitindo mais qualidade e eficiência na investigação de crimes.
O promotor de Justiça e Direitos Humanos, Gláucio Ney Oshiro, responsável pelo banco de dados da DECCO afirma que esta vinculação é um passo importante e que vem de encontro às necessidades de manter uma equipe especializada no combate ao crime organizado. O Grupo Especial de Execução Penal instaura processos administrativos dentro do âmbito da execução penal para identificar as falhas do sistema, por exemplo, das faltas disciplinares que hoje prescrevem em 90 dias tornando mais vulnerável o cumprimento das penas. "O ideal é estender esse prazo para dois anos para que a investigação desse procedimento venha a atender a exigência de maior detalhamento dos crimes cometidos dentro dos presídios". As delegacias de Repressão a Entorpecentes e o Grupo Antiassalto da Polícia Civil fortalecem a parceria.