Binho inspeciona obras das pontes sobre rios Tarauacá e Juruá

Meta do governo é que essas pontes sejam concluídas e entregues à população até o final de dezembro

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Governador visitou obras das pontes sobre os rios Tarauacá e Juruá, as duas maiores pontes do Acre (Fotos: Gleilson Miranda/Secom)

O governador Binho Marques ficou satisfeito com tudo que viu ao longo da viagem de inspeção às obras até Cruzeiro do Sul: "Todos estão se esforçando para que os prazos sejam cumpridos. A intensidade das chuvas de 2009 nos impediu de concluir as obras em 2010. Mas, em compensação, neste ano nós estamos fazendo tudo o que foi programado e ainda executando parte das tarefas acumuladas de 2009".

Binho Marques fez esta afirmação após concluir a inspeção das obras da BR 364 de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, iniciada na quarta-feira pela manhã e concluída na quinta-feira no final da tarde. As últimas obras visitadas foram as pontes sobre os rios Tarauacá e Juruá, as duas maiores pontes do Acre.

Em Tarauacá, além da ponte, o governador vistoriou também o anel viário da cidade, que faz um contorno pela zona urbana, o que trará muito mais segurança para a população. A ponte é a única do Estado com torre em X, desenho inconfundível que privilegia a estética e a qualidade. "Tenho uma avaliação muito positiva das obras na BR 364. Todos estão empenhados no cumprimento das metas e o trabalho está avançado. Faltará pouco para que o futuro governador conclua no ano que vem", disse Binho, que relembrou o inverno do ano passado, um dos mais rigorosos e prolongados dos últimos anos.

Sobretudo um desafio de engenharia e logísitica, as pontes são resultado do bom momento vivido pelo Acre e do apoio do Presidente Lula em ampliar as obras ao longo da BR 364, entre elas as pontes sobre os rios Purus, Tarauacá, Envira, Diabinho e Juruá, um complexo de investimentos que somam mais de R$ 245 milhões. Apenas como referência, a ponte sobre o Juruá tem 550 metros de extensão sendo a maior do Acre, Rondônia e Mato Grosso. Ela faz parte do complexo projeto da BR 364 desde o Vale do Juruá até Rio Branco e, como as demais e a pavimentação da rodovia, está no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A estrada possui hoje o maior volume de homens e equipamentos de toda história da obra: são mais de 3 mil pessoas e 1.200 máquinas que trabalham em ritmo acelerado.

A cidade de Tarauacá ganhou um anel viário, grande reivindicação da população do município e para livrar a cidade do grande fluxo veículos trazido pela BR, coube ao Deracre o desafio da construção da obra em um local onde o solo é um dos maiores inimigos da engenharia rodoviária – a conhecida tabatinga. Para agravar, o local é conhecido por ser o antigo lago Intendência. Os engenheiros tiveram de achar uma solução criativa e instalaram a cada vinte metros, drenos com tubo e areia. Há outros complicadores: "Muitos dos insumos são transportados para o canteiro em balsas. Com o nível do rio baixo, a balsa chegou a encalhar e tivemos de usar uma pá carregadeira para ajudar na remoção", relatou Klay Regazone, engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária do Acre (Deracre).

Balança – Nas proximidades da comunidade Alagoinha, em Cruzeiro do Sul, o governo instalou o posto de controle e pesagem da BR 364. A unidade tem a missão de fiscalizar o fluxo de veículos e garantir que as cargas permaneçam com o peso no limite estabelecido. "Foi construído no padrão que o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre exige", disse o diretor-presidente do Deracre, Marcos Alexandre.

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Homenagem ao esforço pela integração do Acre

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Lápide homenaeia trabalhadores que morreram durante abertura da BR 364, nos anos de 1971, 1972 e 1975 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A implantação da ponte sobre o rio Tarauacá demanda a construção de acesso de 5,1 quilômetros que se constituirão em uma nova opção de trânsito para a cidade. Irá diminuir o tráfego de veículos pesados na região central das cidades, aumentar a durabilidade do asfalto urbano e diminuir a possibilidade de acidentes. No anel viário, Binho visitou a lápide da estaca zero da rodovia, monumento que tem inscritos os nomes de dois soldados, um cabo e um funcionário civil do Exército Brasileiro, mortos durante os serviços de abertura da BR 364, nos anos de 1971, 1972 e 1975. A BR começou a ser aberta em 1968.

A lápide irá compor o projeto urbanístico da rotatória que está sendo construída para marcar o cruzamento do anel viário com a BR 364, constituindo-se em uma homenagem aos trabalhadores que dedicaram esforços na integração rodoviária do Acre.

Bela e grandiosa, ponte em Cruzeiro do Sul é homenagem ao povo do Juruá

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Com 550 metros de extensão, ponte sobre o Rio Juruá é a maior do Acre, Rondônia e Mato Grosso (Fotos: Gleilson Miranda/Secom)

Binho inspecionou também as obras da ponte do rio Juruá, que avançam e cada vez mais transformam a paisagem da região. Com 550 metros de extensão, é a maior ponte do Acre, Rondônia e Mato Grosso. Responsável pela obra, o Consócio Alto Juruá está utilizando a tecnologia de terra armada para implantar o aterro na cabeceira da ponte. "Esta é outra tecnologia que é nova na região e estamos incorporando aqui", informou o engenheiro Fernando Moutinho, do Deracre. Para Binho Marques, a ponte do Juruá é uma homenagem ao povo que vive naquela região. "É um troféu ao povo do Juruá", disse o governador ao destacar a coragem e a bravura dessa população.

O valor total da obra é de mais de R$ 120 milhões com recursos do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento e contrapartida do Governo do Estado do Acre. A ponte está ligada à Avenida Mâncio Lima, a mais importante da cidade. Entre muitos outros insumos, como o uso de 30 mil metros cúbicos de cimento, a ponte utiliza blocos de aço que são fabricados no Rio Grande do Sul. Na próxima semana, de acordo com os engenheiros, a ponte estará ligada. Atualmente, a obra emprega cerca de 500 trabalhadores.

Na Variante, como é conhecido o acesso à ponte, o Governo do Estado está implantando 11,1 quilômetros de asfalto. Esse serviço utiliza a tecnologia de geogrelha, que dá suporte ao maciço de solo. Além de um sistema de dreno, instalado a cada 20 metros, de forma transversal.

Novas técnicas, outros aprendizados

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Construção em solo acreano exige implantação de novas técnicas para construção de estradas (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Além de pontes e outras obras de arte, a BR 364 no trecho ente Sena Madureira e Cruzeiro do Sul contempla vários equipamentos. Há ainda a restauração de dois segmentos, o primeiro de 19,5 quilômetros partindo de Tarauacá e outro do rio Juruá ao rio Liberdade, de 69,5 quilômetros.

Um dos trechos mais antigos do asfalto ao longo da BR 364 é o do rio Liberdade (ainda em Tarauacá) até Cruzeiro do Sul. Inteiramente danificado pela própria obra da BR 364, por ser a porta de entrada para todos os pesados insumos da estrada, teve que ser praticamente reconstruído. Devido a essa vulnerabilidade, tem a altura da capa asfáltica maior do que a usual, o que não foi uma decisão simples, considerando a dificuldade do transporte dos insumos, um exemplo, é a utilização de pedras de seixo trazidas do rio Japurá, na região de fronteira com a Colômbia.

Sede do PA Santa Luzia recebe asfalto

Binho visitou a sede do projeto de assentamento Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul, onde o Governo do Estado investiu R$ 1,8 milhão no asfaltamento de ruas do núcleo urbano e da pavimentação do Ramal 2, localizado no mesmo projeto. Em ação coordenada pelo Deracre, já foram asfaltados vinte quilômetros de vias naquele assentamento.

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No projeto de assentamento Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul, onde o Governo do Estado investiu R$ 1,8 milhão no asfaltamento de ruas do núcleo urbano (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

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