Primeira-dama, pesquisador da UnB e WWF Brasil discutem uso do látex

A primeira-dama do Acre, Marlúcia Cândida, e equipe se reuniram nesta sexta-feira, 13, com o professor e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Floriano Pastore, e a analista de conservação do WWF-Brasil no Acre, Kaline Rossi. No encontro foram analisados os avanços e desafios nas diversas formas do uso do látex para a geração de emprego e renda no estado.

Pesquisa e ações articuladas são o caminho para manter a floresta em pé e gerar renda para seus moradores ( Foto:Celis Fabrícia)
Pesquisa e ações articuladas são o caminho para manter a floresta em pé e gerar renda para seus moradores (Foto: Celis Fabrícia)

Pioneiro no uso da tecnologia empregada ao látex, Pastore ofereceu o primeiro treinamento para o uso da Folha Defumada Líquida (FDL) há 15 anos, no alto Rio Juruá, em Marechal Thaumaturgo. O projeto foi idealizado pelo Laboratório de Tecnologia Química, do Instituto de Química (Lateq/IQ) da UnB.

A tecnologia da FDL permite que o seringueiro possa beneficiar o látex na própria floresta. É uma borracha de alta qualidade, que dispensa processos intermediários, como o beneficiamento em usinas.

O trabalho de pesquisa é reforçado com as ações do WWF Brasil, escritório Acre, a SKY Reino Unido e outras empresas nacionais. “Este encontro é importante porque damos um salto de qualidade e de visibilidade do trabalho”, comenta Pastore.

Outra forma de beneficiamento do látex, a Folha Semiartefato (FSA) também é empregada pelos seringueiros. O sapato do seringueiro é um exemplo. Recentemente o design do calçado foi aprimorado por meio do Projeto Acre Látex Design Lab, idealizado pela primeira-dama do Estado Marlúcia Cândida. “O que queremos é que o seringueiro desenvolva produtos de alto valor agregado e também que indústrias se instalem no Acre, para produzirmos aqui e não apenas fornecermos a matéria-prima para outros”, afirma.

“É muito interessante ter a parceria com o governo do Acre para que nosso trabalho não fique só em pequenas comunidades, mas que possa servir de exemplo para uma nova cultura de valorização do látex. Em breve teremos bons resultados para divulgar”, finaliza Kaline Rossi.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter