Aeronaves apóiam monitoramento dos focos de queimadas feito pela Prefeitura, Governo do Estado e Governo Federal
Os focos de queimadas urbanas e rurais serão combatidos com mais intensidade. Secretarias de Meio Ambiente Estadual e Municipal uniram forças e, com o auxílio dos helicópteros Comandante João Donato e outro do Ibama, além de um avião da Universidade Federal de Viçosa, estão fazendo sobrevoos periódicos para localizar os pontos de queimas. As multas variam a partir de R$ 120 e serão aplicadas a todos que provocarem queimadas. A maioria das queimadas identificadas são urbanas. As queimadas rurais diminuíram graças à maior conscientização dos produtores e à Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal, que oferece alternativas para quem trabalha na floresta.
"Neste ano nós integramos várias ferramentas para o monitoramento de queimadas, entre elas, as aeronaves. Temos a parceria com o Ibama para o controle nas zonas rurais, e com a Semeia, para as urbanas. Até agora, a grande maioria dos registros é na zona urbana. Os produtores rurais estão mais conscientes e têm nos ajudado a reduzir os índices. Temos dois mil produtores cadastrados no Programa de Certificação das Propriedades Rurais e eles não usam mais fogo em suas áreas", disse Eufram Amaral, secretário Estadual de Meio Ambiente.
De segunda a sexta-feira o Corpo de Bombeiros tem registrado uma média de 10 a 15 ocorrências. Nos finais de semana há um aumento de 30%. As principais áreas estão localizadas num raio de 15 quilômetros do perímetro de Rio Branco ou em áreas periféricas: Amapá, proximidades do Chalé Bar, Apolônio Sales, Top 15, Santa Inês.
"Todas as ocorrências serão encaminhadas para a Sema e Pelotão Florestal. O valor da multa é estipulado pelo fiscal mas pode aumentar conforme o tipo de material que está sendo queimado e se o infrator é reincidente ou não. O uso do helicóptero é essencial porque nos mostra por cima onde estão os focos de queimadas e nossas equipes são enviadas por terra, em seguida, para autuar os infratores", explicou Artur Leite, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Semeia.
Segundo o secretário municipal, o último apagão que houve em Rio Branco foi ocasionado por uma queimada próximo à rede de distribuição da Eletronorte. As queimadas provocam consequências que são sentidas por toda a população. "A fumaça é uma substancia sólida em suspensão. Ela provoca doenças, dificuldades para respirar, irritação nos olhos. Além de atrapalhar o tráfego aéreo, prejudicar o clima", disse o coronel Carlos Gundim, comandante de operações do Corpo de Bombeiros a capital.
A orientação é para que as pessoas evitem e combatam o uso do fogo. "Principalmente as queimadas urbanas podem ser evitadas. Nós orientamos para que o lixo doméstico não seja queimado. O correto é que ele seja recolhido pela prefeitura", ressaltou o coronel.
Para Amaral, a redução a cada ano no número de focos de queimadas é fruto de um esforço conjunto dos governos Federal, Estadual e das prefeituras, aliado à conscientização dos produtores.