Monitoramento de desmate e queima

Com a chegada do verão Imac e Ibama intensificam as operações de fiscalização em todo o Estado

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Imac faz parceria com Ibama que trabalham com imagens de satélites e sobrevoos auxiliam na identificação de possíveis focos de queimadas e desmatamento (Fotos: Angela Peres e Sergio Vale/Secom)

O trabalho de fiscalização e monitoramento dos polígonos de desmatamento e queimadas está sendo intensificado no início deste verão. As equipes estão em campo diariamente atendendo às denúncias e verificando as áreas identificadas pelas imagens de satélites e pelos sobrevôos. Além disso, as grandes operações de monitoramento que acontecem todo ano já estão sendo definidas pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis.

O período mais seco nesta região, conhecido como verão amazônico, inspira maiores cuidados com as florestas por ser a época em que qualquer faísca pode causar um incêndio grave. Além disso, os ramais e picadões estão secos, o que facilita a entrada e saída dos infratores.

"Nós temos as ferramentas de identificação e os abusos contra a natureza serão combatidos. As equipes de campo não vão descansar durante este verão. Quem desobedecer à legislação ambiental será autuado e responderá pelas infrações", informou Geucilene Barreto, chefe do departamento de Fiscalização e Denúncias do IMAC.

O trabalho de inteligência também está ganhando um reforço. Os infratores são encontrados através de imagens de satélites e com a utilização de aviões. Parte dos sobrevoos programados para identificação de desmates e queimadas já estão sendo realizadas pelas equipes do IMAC. Um foi realizado nesta quarta-feira, 07, e outro avião de monitoramento decola nesta quinta, com destino às regiões de maior vulnerabilidade do estado.

Existem várias fontes de informações que ajudam os órgãos fiscalizadores do meio ambiente, como o IBAMA e o IMAC, a definir as estratégias de ação. De acordo com o histórico, mapas e os gráficos que mostram a linha de desmatamento e queimada, algumas áreas são consideradas prioritárias. Projetos de Assentamento Extrativistas, como o Porto Dias e Porto Luiz, as margens da estrada BR-317 e do rio Acre, bem como os municípios de Acrelândia, Plácido de Castro, Feijó, Cruzeiro de Sul e Rodrigues Alves estão na lista das prioridades dos fiscais.

A parceria entre o governo estadual e o federal também vem se fortalecendo ao longo das gestões. Para o verão de 2010 a presidente do Imac, Cleísa Cartaxo, e Fernando Lima, superintendente do Ibama, já se reuniram para traçar as estratégias de monitoramento e para compartilhar a força de trabalho, tecnologia e equipamentos. Além dos sobrevoos realizados com pequenos aviões, os helicópteros do IBAMA e do Governo do Acre serão usados nas operações onde o acesso difícil é usado como cobertura pelos infratores.

"Nós fizemos um planejamento de ação que define algumas prioridades, como a BR-364 que será fiscalizada pelas duas instituições. Esse planejamento também prevê a disponibilização de estrutura e corpo técnico", explicou Fernando Lima, do IBAMA.

De acordo com Geucilene Barreto, do IMAC, "o trabalho nunca para. A fiscalização das denúncias de queimadas, por exemplo, acontece em tempo real. Assim que a denúncia chega, é repassada por telefone ou rádio para a equipe que está de plantão".

Além dos sobrevoos e das denúncias, as imagens de satélites são grandes fontes de informações. Através delas é possível descobrir exatamente onde e quanto cada desmatamento foi feito. É com elas que uma das operações de fiscalização parte para a estrada no dia 19 deste mês.

Os órgãos de fiscalização desempenham um papel fundamental na defesa do meio ambiente, e ajudam a credenciar o Acre como um dos estados brasileiros que mais se desenvolvem de forma sustentável e, inclusive, já exporta iniciativas e tecnologia para outros estados e países. Esse esforço de governo e pessoas são retribuídos pela participação efetiva de grande parte dos produtores rurais e pela construção de políticas públicas fortes para o crescimento com respeito à natureza.

"As políticas públicas, como a de Valorização do Ativo Ambiental e Florestal e o Programa de Certificação das Propriedades Rurais ajudam drasticamente na redução do desmatamento e das queimadas. Esse é o grande diferencial do Acre", comentou Lima.

"A Amazônia é uma das grandes riquezas do Brasil e atrai a atenção do mundo inteiro, em especial das nações mais desenvolvidas. O Estado do Acre tem cumprido sua tarefa de proteger a biodiversidade e vem aumentando os investimentos em tecnologia e pessoal e comunicação com a sociedade para garantir que este paraíso continue verde", finalizou Cleísa Cartaxo.

 

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