Governo amplia programa de piscicultura no Vale do Juruá

Na comunidade da Vila Assis Brasil, a produção saltou de oito toneladas em 2007 para 90 em 2009

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Cada família beneficiada vai receber um açude com capacidade de produção de uma tonelada/ano em dois ciclos de produção, prevendo-se para o ano de 2011 um grande aumento na produção de peixe (Fotos: Onofre Brito/Secom)

O programa de incentivo à piscicultura do Governo do Estado no Vale do Juruá, iniciado em 2007, tem dado excelente resultado. Um exemplo evidente é a Comunidade de Assis Brasil, em Cruzeiro do Sul, onde a produção, que era de oito toneladas em 2007, saltou para 90 toneladas em 2009. Agora, o programa vai ser ampliado, incorporando mais 119 produtores de quatro comunidades e ampliando a atividade nas vilas Assis Brasil e Santa Rosa.

As quatro novas comunidades incluídas no programa – Ramal da Buritirana, Vila São Pedro, Mariana I e Sacado da Alemanha – "já fizeram o dever de casa", segundo Valdemir Neto, gerente da Secretaria de Agricultura e Produção Familiar (Seaprof), que coordena as ações de incentivo à piscicultura. Isso porque elas já estão organizadas em associações, já fizeram a capacitação no curso de 130 horas ministrado através de convênio com o Instituto Dom Moacyr e estão entrando em processo de licenciamento ambiental.

Cada uma das 119 famílias vai receber um açude com capacidade de produção de uma tonelada/ano em dois ciclos de produção, prevendo-se para 2011 um grande aumento na produção de peixe. Valdemir Neto explica que o incentivo à piscicultura é um programa de governo envolvendo vários órgãos, além da Seaprof, como o Deracre, o Imac, a Gerência de Endemias e o Instituto Dom Moacyr, através do Ceflora. Depois de construídos os açudes, a Seaprof continua dando assistência técnica aos produtores.

Em 2007, o programa de piscicultura começou envolvendo 28 produtores em Assis Brasil e 25 em Santa Rosa. Com a ampliação do programa, a experiência da comunidade da Vila Assis Brasil, devido ao sucesso obtido, tem servido de laboratório e modelo para as novas comunidades. "Será no mesmo formato, respeitando as especificidades de cada comunidade", explica Valdemir Neto.


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