Ceasa de Rio Branco é referência em espaço e qualidade

Obra é da Prefeitura de Rio Branco em parceria com governos federal e estadual. Unidade irá organizar, dar mais qualidade e elevar a produção de alimentos no Acre

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Ceasa resolve grandes problemas do abastecimento na medida em que organiza a comercialização (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governador Binho Marques participou nesta segunda-feira, 10, com o prefeito Raimundo Angelim, da inauguração da Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa), localizada na confluência da Estrada Sobral com a Estrada Transacreana e Via Verde, próximo à Terceira Ponte do Rio Acre. A obra foi construída pela Prefeitura de Rio Branco e custou R$ 9 milhões, sendo R$ 6,5 milhões em recursos do Governo Federal e R$ 2,5 milhões do Tesouro Municipal.

O Governo do Estado é parceiro na política de assistência técnica e operacionalização da unidade. Esteve presente o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Luiz Guedes Pinto, convidado especial para o evento. A Ceasa irá alterar de modo substancial a política de abastecimento e comercialização de produtos hortifrutigranjeiros da capital, beneficiando direta e indiretamente todo o Estado. "Esta Ceasa não é de Rio Branco, mas dos produtores dos 22 municípios do Acre", disse Angelim.

Para o governador Binho Marques, o empreendimento relaciona-se aos ideais de Chico Mendes. "Aqui, estamos fazendo parte do sonho de Chico Mendes porque esta obra tem um sentido social muito grande", disse o governador, lembrando que o projeto é resultado de muito trabalho e esforço conjunto. "A Ceasa fortalece tudo o que foi feito antes, os investimentos, a aliança que o Acre tem para a construção de um lugar justo."

Também estiveram presentes o senador Tião Viana; a deputada federal Perpétua Almeida;  o deputado federal Fernando Melo; o presidente da associação das Ceasas do Brasil, Wilson Guide; o vice-prefeito de Rio Branco, Eduardo Farias; o presidente da Câmara de Vereadores de Rio Branco, Jessé Santiago e Sebastia Miranda, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), além de vereadores, técnicos, gestores municipais e estaduais, lideranças comunitárias e produtores rurais.

A Ceasa resolve grandes problemas do abastecimento na medida em que organiza a comercialização reduzindo intermediários e, conseqüentemente, os preços dos principais produtos.  Irá reconfigurar o comércio de frutas, verduras, legumes, grãos e outros otimizando as feiras nos bairros e o Mercado Elias Mansour, que poderá atuar objetivamente no varejo. A central funciona em uma área de 11 hectares adquirida pela Prefeitura de Rio Branco.

A área construída é de 4.949,1 metros quadrados, dividido em 36 boxes de 28,8 m² cada e 130 espaços na pedra (galpão do produtor) de 4,8 m²130 pedras para a comercialização dos produtos da agricultura familiar. Possui espaços como restaurante, lanchonetes,loja de embalagens, produtos agropecuários e farmacêuticos (no térreo),  agência do Banco do Brasil   e estacionamento para carros e caminhões. Há pontos fixos, com 30 boxes. As obras da Ceasa estão 45% executadas.  No projeto consta ainda a construção de um porto no rio Acre pelo Governo do Estado, através da Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre) em parceria com a Prefeitura. O porto estará localizado próximo da central e servirá para que os produtores ribeirinhos transportem com segurança suas mercadorias até a Ceasa, que, segundo a Secretaria Municipal de Agricultura (Safra) e a Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), irá promover segurança, manutenção, fiscalização de embalagens, classificação e sanidade de produtos. Um painel conectado ao Sistema Ceasa do Brasil irá gerar informações em tempo real sobre as bolsas de mercadorias e cotações de produtos em todas as regiões do País.

Aproximadamente 1000 produtores estão em processo de cadastramento. A central conta com uma frequência média de 57 produtores aos sábados, dia de maior movimento. E uma média de 28 produtores/dia, de segunda a sexta. 

Novas tecnologias e agência do BB – Na época de captação da verba para o projeto, Luiz Guedes era o ministro da Agricultura e teve participação decisiva na implementação do empreendimento, que em sua opinião "é a Ceasa mais moderna do Brasil".  Junto com Angelim, Binho e autoridades, Guedes descerrou a fita inaugural da agência do Banco do Brasil na Ceasa Rio Branco, um ato de grande importância para o BB. 

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Na ocasião, foram apresentados os 122 microtratores e 2 tratores que serão distribuídos a agricultores familiares organizados em associações e sindicatos de todos os municípios do Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Comprados com recursos obtidos a partir de emendas propostas pelo deputado federal Fernando Melo, os 122 microtratores e 2 tratores que serão distribuídos a agricultores familiares organizados em associações e sindicatos de todos os municípios do Acre foram apresentados às autoridades e ao público presente.

Ex-ministro da Agricultura diz que Ceasa de Rio Branco é referência no país

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Ex-ministro da Agricultura Luís Carlos Guedes disse que Ceasa de Rio Branco é modelo (Foto: Marcos Vicentti/PMRB)

Convidado de honra do prefeito Angelim para a inauguração da sede da Ceasa, o vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto, fez questão de destacar o trabalho do prefeito Angelim e do senador Tião Viana para a consolidação do projeto em Rio Branco. "Não fosse o trabalho deles (Angelim e Tião Viana) não estaríamos aqui hoje", frisou.

Segundo ele, o trabalho que foi realizado na implantação da central de abastecimento da Capital é referência para todas as demais centrais de abastecimento do país, por contar com o que há de mais moderno no setor.

"Aqui há um forte comprometimento do setor público na realização da obra, mas não só nisso. Há um comprometimento na sua funcionabilidade. A Ceasa de Rio Branco é, sem dúvida, referência no país e me sinto honrado e emocionado por participar da inauguração desta que é, sem dúvida, a central mais moderna do país", frisou Guedes.

Espaço terá banco de alimentos

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Atualmente são 22 empresas instaladas, sendo 16 hortifrutigranjeiras e outras sete estão em processo de licitação (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Um Banco de Alimentos será instalado nas dependências da  Ceasa Rio Branco. Enquanto isso a Ceasa arrecada junto a produtores e concessionários alimentos hortigranjeiros que não têm valor comercial, mas podem ser aproveitados, e os doa para instituições assistenciais de Rio Branco.

A Ceasa trabalha com soluções em abastecimento dos produtos hortigranjeiros, contribuindo com a segurança alimentar. Sua missão é organizar o abastecimento, a comercialização e as informações de mercado dos produtos hortigranjeiros e a prioridade é ser reconhecida regionalmente como um centro de excelência em soluções para o abastecimento alimentar e informações de mercado.

Marco importante na implantação da Central foi a transferência de 19 comerciantes, antigos marreteiros, 2 cafezeiras e 8 carregodores, que trabalhavam de maneira informal na rua, no entorno do Mercado Elias Mansour e que hoje encontram-se em vias de legalização e formalização do seu trabalho.

Em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura  está instalada na Ceasa Rio Branco uma fábrica de gelo em escama com capacidade de 9 t/dia. Atende uma oferta reprimida apropriada para pescadores e aquicultores.

Mercado de Agroqualidade

Com a organização do mercado atacadista e das suas informações quantitativas e financeiras surgem subsídios e demandas para as políticas públicas. Dentre as que já se pontuam com o trabalho da Central de Abastecimento de Rio Branco destacam-se a agroqualidade dos produtos.

Para isto a Prefeitura adquiriu 3 mil caixas. O Governo do Estado e o Federal irá adquirir mais 3 mil caixas cada. E será feito um trabalho junto a produtores, comerciantes e clientes, melhorando a apresentação e qualidade dos produtos.

{xtypo_rounded2}Alguns benefícios da implantação da Ceasa Rio Branco

• Redução dos custos dos serviços de comercialização, como resultado da ação coordenada do sistema integrado de produção, distribuição e comercialização;

• Aumento da oferta de produtos "in natura" em qualidade e diversificação, com provável redução de preços relativos, possibilitando à população, principalmente aquela de baixo poder aquisitivo, melhorar o seu perfil de consumo alimentar;

• Incremento da demanda de alimentos, especialmente os agroflorestais e extrativistas, o que irá promover o aumento da produção, inclusive com o melhoramento tecnológico, de modo a se atingir maior produtividade, melhor qualidade e menores custos dos produtos ofertados;

•  Alocação de mercadorias em outras praças que estejam oferecendo preços mais vantajosos à sua comercialização através de um sistema integrado e informatizado – acesso on-line de informações de mercado;

• Atração e facilitação de meios para a implantação de uma bolsa de mercadoria, com o propósito de proporcionar aos usuários a realização de comercialização à distância e de leilões eletrônicos, utilizando processos virtuais;

• Eliminação/redução de importação de alimentos, principalmente os hortigranjeiros, minimizando a dependência de outros estados por determinados produtos que poderão ser produzidos localmente através de uma política pública de incentivo à produção, utilizando a Ceasa Rio Branco como instrumento dinâmico do processo. {/xtypo_rounded2}

O QUE ELES DISSERAM

flash_ceasa_foto_sergio_vale.jpg {xtypo_quote}Estamos saindo de uma situação artesanal, em que tudo era feito em uma escala pequena, para uma economia em que nossos produtos sejam mais valorizados.
Binho Marques, governador do Acre{/xtypo_quote}
inauguracao_ceasa_foto_sergio_vale_15.jpg {xtypo_quote}Os desafios ainda são grandes, mas os produtores têm o que agradecer.
Sebastiana Miranda, presidente da Fetacre{/xtypo_quote}
inauguracao_ceasa_foto_sergio_vale_14.jpg {xtypo_quote}É um empreendimento que marca a ousadia e visão dos nossos governantes.
Judson Valentim, pesquisador-chefe da Embrapa{/xtypo_quote}
inauguracao_ceasa_foto_sergio_vale_22.jpg {xtypo_quote}Esta Ceasa não é de Rio Branco, mas dos produtores dos 22 municípios do Acre.
Raimundo Angelim, prefeito de Rio Branco{/xtypo_quote}

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