Caso Pinté conta com dois delegados, MP e presença ostensiva das autoridades de segurança pública do Acre. Assembleia afirma confiança na polícia estadual para desvendar assassinato
A secretária de Segurança Pública do Acre, Márcia Regina, reafirmou nesta segunda-feira, 3, compromisso total com o esclarecimento do assassinato do vereador Fernando José da Costa, o Pinté, presidente da Câmara Municipal de Acrelândia. A afirmação foi feita durante reunião com o presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Acre, Helder Paiva; o primeiro-secretário da Aleac, Thaumaturgo Lima, e o líder do Governo no Legislativo Estadual, Moisés Diniz. "A Assembleia Legislativa não poder ficar de braços cruzados por se tratar de uma figura conhecida. Colocamos a Aleac à disposição, reafirmando que cremos na nossa polícia", disse Helder Paiva.
Márcia Regina diz que o crime foi planejado e que há dois delegados destacados exclusivamente para o caso. Pelo menos dez testemunhas já foram ouvidas. Tão logo as autoridades foram informadas da ocorrência, o secretário de Estado da Polícia Civil, Emylson Faria, e o comandante-geral da Polícia Militar, Romário Célio, se dirigiram para Acrelândia, onde acompanharam a fase inicial da investigação. De acordo com a secretária, buscas e apreensões já foram realizadas neste primeiro dia de apuração e o Ministério Público Estadual deverá acompanhar o caso. A proposta é garantir que a sociedade de Acrelândia – e de todo o Estado – esteja informada o melhor possível sobre o andamento da apuração e assegurar que os boatos não sobreponham os fatos. "A gente sabe que neste caso, envolvendo um agente político, sempre há boataria e o Estado está fazendo tudo o que for necessário para esclarecer o crime", disse a secretária.
O policiamento que havia sido elevado para garantir as festividades de aniversário do município foi ampliado nestes dias. Márcia Regina viajou na tarde desta segunda-feira para Acrelândia para acompanhar de perto as investigações. Fernando José da Costa, o Pinté, como era mais conhecido na região, pertencia ao Partido Progressista. De acordo com a polícia, ele foi morto ao fechar o portão de sua casa, em Acrelândia, por volta das 22 horas de sábado, dia 1º. Dois homens teriam chegado atirando quando Pinté estava no portão.