Governo investe na geração de patentes de produtos naturais

A matéria-prima deriva de uma das 10 espécies da região explorada pela Funtac (Foto: Luciano Pontes/Secom)
A matéria-prima deriva de uma das 10 espécies da região explorada pela Funtac (Foto: Luciano Pontes/Secom)

O governo do Estado possui investimentos em estudos científicos e na concepção de produtos tecnológicos – abrangendo áreas como manejo de recursos naturais, construção civil e florestal –, com a possibilidade de geração de patentes.

É o caso do preservativo com lubrificante à base de óleo vegetal, cuja matéria-prima deriva de uma das dez espécies da região explorada pela Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac).

Financiada pelo Ministério da Saúde (MS), a pesquisa é executada em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alinhada à política de sustentabilidade do Acre.

A proposta é utilizar elementos da flora Amazônica para a elaboração de itens adaptados a necessidade e ao consumo da comunidade, produzindo renda econômica e transformações sociais para os povos da floresta – é o conceito de “floresta habitada”.

Com patente

De acordo com o Índice Mundial Derwent de Patentes (DWPI), da Thomson Reuters – multinacional provedora de informações no setor de negócios –, o número de registros no Brasil cresceu 64% entre 2001 e 2010, o que representa 130 mil pedidos.

Luiz Augusto de Mesquita, é fundamental priorizar políticas públicas para a área (Foto: Luciano Pontes/Secom)
Luiz Augusto de Mesquita, é fundamental priorizar políticas públicas para a área (Foto: Luciano Pontes/Secom)

No mesmo período, a Europa e o Japão registraram redução de 30% e 25%, respectivamente. A publicação também revela que o país acelerou no campo da inovação entre 2007 e 2010, quando atingiu o número de 5,5 mil “invenções únicas”.

“O preservativo com lubrificante à base de óleo vegetal possui características que podem enquadrá-lo como produto natural. E o natural está em destaque no mercado europeu. A certificação não representa apenas a possibilidade de venda no exterior, mas, sim, uma aposta na inovação”, explica Sílvia Basso, doutora em Biologia.

Para o diretor-presidente da Funtac, Luiz Augusto de Mesquita, é fundamental priorizar políticas públicas na área de ciência, tecnologia e inovação para o progresso de um país, junto à oferta de educação de qualidade.

“A nossa missão é garantir a produção científica, o desenvolvimento de novos produtos, a transferência de tecnologias e a captação de recursos para investimento em pesquisas”, ressalta.

Investimentos

Em fevereiro, o governo do Estado desenvolveu a primeira edição dos cursos “Propriedade Intelectual – Transferência de Tecnologia” e “Busca e Redação de Patentes”, ministrados na Fundação Escola do Servidor Público do Acre (Fespac).

A demanda integra o Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento dos Servidores Públicos – implantado na gestão Tião Viana –, que compreende o aperfeiçoamento de competências essenciais à obtenção de melhores resultados na prestação de serviços aos cidadãos.

“É uma ação de governo que motiva e valoriza o conhecimento”, destaca Heloísa Pantoja, presidente da Fespac. A meta é fornecer embasamento técnico e conceitual para a capacitação de servidores, pesquisadores e gestores responsáveis pela execução de políticas públicas nas áreas de ciência, tecnologia, inovação e propriedade intelectual.

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