Unidade recebe investimentos de mais de R$ 4,1 milhões e conta com o que há mais moderno no mundo para atendimento a portadores de problemas renais
O governador Binho Marques inspecionou neste sábado a etapa final de implantação do Centro de Nefrologia do Hospital de Clínicas do Acre (antiga Fundhacre). Na unidade, de 1.062 metros quadrados, se procede a hemodiálise, através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz o trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias químicas como sódio, potássio, uréia e creatinina. A hemodiálise é realizada através de um dialisador ou filtro especial para limpar o sangue. Depois de limpo, o sangue retorna ao corpo através de outro tubo.
O novo centro começa a funcionar na próxima semana. Trata-se de uma obra de grande complexidade construída dentro das normas técnicas estabelecidas pelos organismos internacionais de saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Custou mais de R$ 4,1 milhões e se utilizou o que há de mais moderno para seu funcionamento. "Aqui nós temos o que há de melhor para esse tipo de tratamento", garantiu o governador Binho Marques.
O sistema de filtragem de água, por exemplo, mantém um processo de checagem e re-checagem que no Brasil apenas três outras clínicas adotam sistema tão criterioso: num primeiro momento, a água passa por quatro estágios de esterilização, incluindo redução da turbidez, limpeza com carvão ativado e aplicação em polímero – passando por dois filtros de osmose, que é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos separados por uma membrana semipermeável. É um processo físico-químico importante na sobrevivência das células. Em seguida, a água recebe um choque de gás ozônio e vai para o banho de luz ultravioleta, purificando-se completamente. Só então, segue para os pontos de hemodiálise.
Para implantação desse centro foram contratadas empresas de consultoria especializadas em refrigeração, tratamento e purificação de água. Um especialista em filtragem atuará permanentemente para manter adequados os níveis de esterilização. Todo o encanamento é exposto para que a detecção de um problema ocorra de modo rápido e eficiente.
Além disso, o sistema de ar condicionado possui uma central automatizada, em que se utiliza o sistema Schiller. "É o que há de mais moderno no mundo", disse Dênis Amorim, engenheiro da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) responsável pela fiscalização do projeto. O sistema de refrigeração possui um filtro especial para cada ambiente.
Somado ao centro de nefrologia, o Hospital de Clínicas potencializa o programa de transplante renal intervivos, elevando a qualidade no atendimento aos pacientes com esse perfil. "Esta unidade está dentro dos critérios de segurança e assegura qualidade no serviço", resumiu Osvaldo Leal, secretário de Estado da Saúde.
Os mais modernos equipamentos
O novo centro de nefrologia amplia de 21 para 34 pontos de hemodiálise, mantendo-se na capacidade determinada pelas regras internacionais de segurança em 200 pacientes em três turnos de atendimento. No centro anterior, eram quatro os turnos. Cada ponto é um equipamento com capacidade para atender cerca de seis pessoas. "O atendimento é adequado e com qualidade. Atendemos inclusive pacientes de outros Estados e da Bolívia", informou a nefrologista Cremilda Oliveira.
O centro conta também com atendimento de copa para pacientes e acompanhantes, uma inovação em relação ao centro anterior. Nela, os usuários podem receber suas refeições com qualidade. Além disso, há uma sala de treinamento, onde pacientes e familiares recebem todas as informações sobre o serviço oferecido e como será a rotina de ambos a partir do tratamento.
{xtypo_rounded2}DADOS DA OBRA
Investimentos totais: R$4.150.000,00
Obras: R$2.650.000,00
Equipamentos: 1.500.000,00
Tempo de execução do projeto: 18 meses
Empregos gerados na obra: 140 postos de trabalho {/xtypo_rounded2}
O que traz o novo centro
*Melhor atendimento
*Melhores instalações em local adequado, qualidade e conforto para pacientes e acompanhantes
*Equipamentos e mobiliários novos
*Equipe médica reforçada e altamente especializada
Hospital de Clínicas do Acre: referência e certificação
Estão sendo investidos R$ 32 milhões no projeto de transformação da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) em Hospital de Clínicas do Acre. São ampliações, novas construções, mobiliário e equipamentos que estão substituindo a antiga estrutura por uma completamente nova, moderna e eficiente. "Queremos que aqui seja um hospital de referência e certificado", disse o governador Binho Marques.
As obras prontas, em finalização ou montagem de equipamentos são: construção do centro de estudos, reforma do auditório principal; construção do prédio de engenharia/clínica/manutenção e almoxarifado; reforma da rede coletora e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto; reforma do sistema de combate à incêndio e pânico; reforma do prédio de anatomia patológica; reforma e ampliação do ambulatório; construção da nova entrada (acolhimento e estacionamento para visitantes); construção de restaurante, quiosques e banheiros públicos; construção do prédio administrativo; construção do acesso para profissionais e serviços, vias internas e urbanização; implantação da nova subestação e grupo gerador; construção da central de resíduos da saúde. São obras a iniciar a construção do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e a ampliação do Hospital do Câncer.
A Fundhacre foi criada em 19 de dezembro de 1989 e dará lugar ao Hospital de Clínicas do Acre, unidade de referência para o Acre, que se integra ao sistema de saúde composto por postos como as Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Tucumã e do Segundo Distrito e o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, além de centros e postos espalhados por todo o Estado -e o PSF Móvel, programa vinculado ao ProAcre que percorre os rios para levar saúde às comunidades mais distantes.
As obras do novo Huerb avançam. A unidade passará a ser um prédio de cinco andares com heliporto e outros serviços de urgência e emergência. Até o final do ano, a Fundação Hospital deixará de existir.
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