“Duvido que tenha carnaval como o nosso”, diz Binho no Arrastão da Alegria

Milhares de foliões encerram o carnaval 2010 na tradicional e mais animada brincadeira dos blocos com sistema de segurança que contou inclusive com a Marinha do Brasil 

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Blocos acompanharam o Arrastão da Alegria no último dia de carnaval. (Foto: Odair Leal/Secom)

Um número incontável de blocos somando mais de 9.000 pessoas, na estimativa da Polícia Militar, participaram do Arrastão da Alegria nesta terça-feira, 16, última noite do Viva o Carnaval na Floresta Digital. O governador Binho Marques participou da caminhada que saiu às 17 horas do Calçadão da Gameleira e percorreu as principais ruas do Bairro do Quinze, passou pela Via Chico Mendes e chegou ao estacionamento da Arena da Floresta.  “Nos outros Estados, como Bahia e Rio de Janeiro, o carnaval é privatizado, é pago. Duvido que tenha um carnaval como o nosso”, disse o governador ao ressaltar os diferenciais da Folia de Momo realizada no Acre.

O Arrastão da Alegria deve se consagrar como evento regular do calendário carnavalesco porque resgata a tradição dos blocos. “Os sujos saiam daqui, percorriam as ruas da cidade”, disse Dudé Lima, um dos organizadores da folia na Arena. Os Blocos de Sujos são manifestações populares típicas do carnaval  de rua em todo o  Brasil, onde o improviso e a desorganização são a tônica: um grupo de foliões com fantasias improvisadas, ou mesmo de roupa comum, que se reúnem e saem pelas ruas da cidade. Em Rio Branco, os Sujos foram desvalorizados durante algum tempo, mas nos últimos anos eles retomaram a festa com força total. Para melhorar a organização e a segurança da folia, o Governo do Estado retomou a festa a partir do Calçadão da Gameleira com três trios elétricos que puxam a multidão até o estacionamento do Arena.

O Arrastão é o retrato do Viva o Carnaval na Floresta Digital: uma festa da família. Um exemplo marcante é a presença de pais e filhos, como José Carlos e Luciana, ele pedreiro e ela estudante. Luciana, de 13 anos,  pediu ao pai para levá-la ao Arrastão e depois ao Arena. O pai atendeu ao pedido e pulou e se divertiu com Luciana durante todo o percurso da caminhada. “Estou gostando muito e minha filha também. Está tudo tranqüilo”, disse o pedreiro.

A concentração dos blocos, em número difícil de ser contado porque três ou quatro amigos se juntam e formam um grupo – e são dezenas que assim o fazem – se deu em clima de muita alegria e segurança. “Não tivemos nenhuma ocorrência até agora”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Pires. Os Bombeiros exercem papel fundamental na segurança da saída do Arrastão da Alegria porque o evento ocorre nas margens do rio Acre. Para garantir que tudo transcorra tranquilamente, caminhão, Jet Sky e barco de alumínio operados por 12 homens estiveram atuando. Homens da Marinha do Brasil fizeram a fiscalização fluvial para evitar acidentes.

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