São as crianças e os pré-adolescentes os principais usuários da tenda bolha no Carnaval da Floresta Digital
O Floresta Digital nasceu sob a égide da transformação. Nas palavras do governador Binho Marques, o Acre não será o mesmo a partir desse programa. O que se vê na tenda bolha instalada no estacionamento da Arena da Floresta é a materialização desse fenômeno: meninos e meninas, muito jovens ainda, alguns entre 10 e 12 anos, outros nem chegaram a essa idade e já buscam os computadores da bolha para conectar-se ainternet e navegar pelo mundo virtual.
Maria Vitória tem seis anos e gosta de jogar. Antonio da Silva, 12, mora no Taquari e não possui computador em casa. Quando quer navegar, vai para a casa de um amigo. Talia Carvalho Barbosa, também de 12 anos, é outra que prefere os sites de games.
O três tem em comum o fato de terem ido a bolha todos os dias do Carnaval na Floresta Digital. Ocuparam com intensidade o tempo de vinte minutos disponíveis para cada usuário no computador. "Não é pouco tempo não. Dá para fazer um monte de coisa", afirmou Cauê Júnior, 11. Outra coisa em comum entre eles é que, na avaliação de Nilclécia Machado, uma das coordenadoras do programa Comunidade Digital, eles fazem parte da nova sociedade. "É a nova tribo, a nova sociedade", disse Niclécia. "São crianças que já estão inseridas no mundo digital", completa. O professor de tecnologia da informação Marco Bonito, concorda: "Se o governo tivesse esquecido eles, o bonde ia passar", observou. "O programa pensou no futuro desses jovens".
Nestas quatro noites de carnaval na Arena, pelo menos 1.000 pessoas se cadastraram no programa Floresta Digital ou acessaram a internet a partir da bolha. A maioria é de pessoas muito jovens.