Acre mantém a segunda menor taxa de desmatamento na Amazônia

Na última década, o Acre vem apontando uma redução média de 40% em seus índices de desmatamento. (Foto Diego Gurgel/Secom AC)
Na última década, o Acre vem apontando uma redução média de 40% em seus índices de desmatamento. (Foto Diego Gurgel/Secom)

O Acre mantém-se como o segundo estado da Amazônia que menos desmatou no período compreendido entre agosto de 2013 a janeiro deste ano, com 42 quilômetros quadrados, índice superior apenas ao estado de Tocantins, que derrubou 12 quilômetros quadrados de floresta.

Os dados fazem parte do último Boletim do Desmatamento divulgado pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). No período mencionado, o Pará liderou o ranking, com 125 quilômetros quadrados desflorestados, seguido pelo Amazonas (117), Rondônia (112), Mato Grosso (76) e, finalmente, Roraima (46). Do Amapá não se obtiveram registros, devido à cobertura excessiva de nuvens no período, o que inviabilizou a leitura dos satélites.

Comparando-se, entretanto, o desmatamento ocorrido entre agosto de 2012 e janeiro de 2013 com os dados do último semestre analisado pelo Imazon, o Acre, que havia desmatado apenas 10 quilômetros quadrados no período anterior, teve um acréscimo em seu índice devido principalmente a polígonos com menos de um hectare para a agricultura familiar, que, em conjunto, compuseram os 42 quilômetros quadrados atuais, que transformados em porcentagem dão os 324%. Os demais estados apresentaram, ao contrário, uma queda significativa em relação ao período anterior, mas ainda estão com índices muito superiores aos do Acre (veja a tabela abaixo).

Analise preliminar dos dados de desmatamento da IMAZON-Geo

Segundo Vera Reis, assessora técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre, as oscilações nos índices de desmatamento são normais e, se observadas sem uma análise conjuntural mais ampla, levam a crer que a tendência existente em um período restrito reflete toda a realidade. “Você pode crescer nos índices de desmatamentos em seis meses e depois decrescer no semestre seguinte. Dentro de uma análise mais abrangente e completa, nos últimos 10 anos o Acre vem apontando uma redução média de 40%, intercalada com pequenos aumentos em alguns anos”, conclui.

Tabela 02 - Prodes final

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