Oficina Colorindo Limites será ministrada pelos grafiteiros Babo e Matias
Expressar o sentimento através da arte. Extravasar através da latinha de spray o que não pode ser dito ou mudado. Essa é a primeira proposta da oficina Colorindo Limites, oferecida a 50 reeducandas do presídio feminino da Unidade de Recuperação Social Francisco de Oliveira Conde. O projeto terá 96 horas de duração e será desenvolvido no espaço do banho de sol pelos graffiteiros Babo e Matias.
Segundo a pedagoga do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Valéria Pereira Santos, as reeducandas terão aulas de técnicas de graffitagem e desenho, com certificação ao final do curso. As aulas serão ministradas duas vezes por semana.
"O graffite é uma tendência hoje, atende ao projeto do Iapen e o público se identifica bastante com a arte. Além disso as mulheres tem a oportunidade de expressar seus sentimentos através da arte, de colocar as emoções nas pinturas e ganharão certificado, que poderá ser usado para desenvolver uma profissão quando saírem daqui", disse.
A reeducanda Claudine Beatriz Queiroz, que cumpre pena há um ano e dez meses, aprovou a idéia. "Para nós é uma forma de demonstrar o que a gente pensa, de passar o tempo e de aprender algo a mais que poderá nos ajudar lá fora. É uma oportunidade que vou aproveitar e me esforçar para aprender.
Para o graffiteiro Babo, a proposta da oficina vai além das técnicas de graffite: "A idéia é trazer as pessoas para um processo de sensibilização, aproximando as pessoas de maneira sincera através do olhar, da arte, da cor, da forma".