Complexo de obras revela uma cidade em movimento com modernidade e melhoria da qualidade de vida do Centro aos bairros mais distantes
Rio Branco é uma cidade em movimento, transformada em um notável canteiro de obras que se espalham tanto pelo Centro quanto pelos bairros. A 4ª ponte sobre o rio Acre é um desses projetos que chamam a atenção ao mesmo tempo pela grandeza e pela complexidade, já que integra o sistema viário da Avenida Amadeo Barbosa (em construção) ligando o 1º ao 2º Distrito, e os principais acessos rodoviários à capital. Depois de oito dias interrompidas para reforço no sistema de segurança do trabalho, as obras foram retomadas no último dia 30 de outubro e estão, de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária do Acre (Deracre) "rigorosamente em dia" e avançam para sua conclusão. "Do total da obra, temos 60% prontos", disse o engenheiro Vinicius de Morais, que acompanha o projeto desde seu princípio, em outubro do ano passado.
Inicialmente orçada em R$ 24.783.185,30, a ponte está sendo construída em concreto protendido, que é um sistema que melhora a resistência. Tem 290 metros de extensão por 19,30 de comprimento, e ligará as ruas Epaminondas Jácome e Seis de Agosto, criando os três primeiros viadutos da capital nas ruas Cearense, Santa Terezinha e Epaminondas Jácome. O viaduto da Epaminondas Jácome terá 19 metros de extensão por 4,60 de altura.
Somando-se o valor da ponte e da Avenida Amadeo Barbosa, o Governo de Binho Marques está investindo mais de R$ 50 milhões no projeto que beneficia diretamente 8,2 mil famílias e que, assim como o Parque da Maternidade, produz grandes impactos na melhoria da qualidade de vida da cidade toda e para todos seus moradores. O projeto do Parque da Maternidade transformou a paisagem da capital, fenômeno que já é perceptível no complexo viário da 4ª Ponte.
Gerações
"Está ficando muito diferente", disse a dona de casa Maria Chaves, que dos 67 anos de vida já está há 37 morando na rua 5 de Maio, às margens do rio Acre. A casa de Maria Chaves fica ao lado da ponte. "Nesta casa se criaram meus cinco filhos, cinco netos e três bisnetos", contou, sempre se referindo à região como "um bom lugar para se viver".
{xtypo_quote}Está ficando muito diferente Maria Chaves, dona de casa{/xtypo_quote} |
O projeto de urbanização e integração viária é realizado em parceria com a Prefeitura de Rio Branco. Os recursos são do Tesouro Estadual e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Fase III. A obra, cujo prazo de implantação é de vinte meses, vem utilizando o que há de mais moderno na engenharia de pontes, e possui componentes que a colocam entre as mais belas da cidade. Como exemplo, os postes que serão usados em sua iluminação são de aço inoxidável.
O grupo responsável pela construção é o Consórcio Novo Acre, formado pela Construtora Cidade e Eleacre Engenharia. Nesta atual fase, de implantação de um dos pilares principais na cabeceira acessada pelo bairro Cadeia Velho, estão envolvidos 60 trabalhadores, entre carpinteiros, serventes e montadores. Entre os bairros que estão sendo diretamente atendidos com o complexo de obras do novo eixo viário podem ser citados Cadeia Velha, Areal, Mauri Sergio, Habitasa, Baixado da Habitasa e Seis de Agosto, além dos outros adjacentes. Todos os processos de intervenção visando remoção de casas é monitorado pela Comissão de Acompanhamento composta por moradores do bairro, e pelo serviço de ação social do Governo do Acre.
A população de Rio Branco vem crescendo à taxa média de 4% ao ano e a frota de veículos, 15% ao ano. Estudos realizados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Superintendência Municipal de Trânsito de Rio Branco (RBTrans) e Deracre indicam que nos horários de pico circulam em média 4 mil veículos por hora sobre as pontes de Rio Branco. Um fluxo intenso, que precisa de uma rota de desafogamento. O complexo viário começa na 4ª Ponte, passa pela rua Seis de Agosto, que será totalmente urbanizada e modernizada, em seguida alcança a pista de aviação do antigo aeroporto ligando imediatamente ao Estádio Arena da Floresta e a Via Chico Mendes criando acesso rápido à BR 364.
Com a realocação de edificações, o Governo do Estado irá construir novas escolas na região. A antiga pista de pouso será aproveitada, sendo que em suas laterais será implantado um parque com espaços e arborização que o tornarão parecido com o Parque da Maternidade, com sistema que privilegia primeiro o pedestre, o ciclista e o motorista.
A Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) ainda instalou um laboratório no canteiro da obra na rua Seis de Agosto. A unidade faz exames regulares da consistência do concreto para assegurar a qualidade do serviço, entre outras atividades.
A primeira etapa do complexo, a 4ª Ponte sobre o rio Acre, foi lançada em novembro do ano passado como parte da programação comemorativa aos 105 anos do Tratado de Petrópolis. "É uma obra que nos impõe condições especiais e que trará mais qualidade de vida à toda a população", disse Marcus Alexandre, diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infra-estrutura Aeroportuária (Deracre).
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NÚMEROS
4,5 quilômetros é a extensão da Avenida Amadeo Barbosa, eixo do Complexo Viário da 4ª Ponte
290 metros é a extensão da 4ª ponte sobre o rio Acre
1,5 quilômetro é a extensão das ruas de acesso à Avenida
R$ 50 milhões de reais é o valor total do Complexo. A Avenida custa R$ 4 milhões
4 lotes compõe a frente de obras da Avenida
600 empregos diretos serão gerados no Complexo no verão{/xtypo_rounded2}