Com realização da Dream Cry Produções, a décima edição do Feliz Metal ocorre nesta quarta-feira, 25, a partir das 19h, no Villa Club. Os shows serão realizados pelas bandas Discórdia (AC), Walls Of Death – W.O.D. (AC), Morte Lenta (RO), Nylon Maiden (Holanda) e conta, ainda, com a performance de Blaze Bayley (Inglaterra), ex-vocalista do Iron Maiden, que se apresenta em Rio Branco pela segunda vez.
Mais cedo, às 15h, os metaleiros se encontram na rua que dá acesso a Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Bosque, antes de saírem para a entrega de donativos no Caladinho. Em 2008, a organização estabeleceu parceria com os motoclubes Gaviões da Amazônia e Viramundo Rasga Chão, que auxiliam no tradicional “arrastão solidário” – ação que, neste ano, percorreu os bairros Tropical, Tucumã e Universitário para angariar alimentos.
O produtor cultural Ricardinho Costa, um dos principais responsáveis pela execução do projeto, comenta que, nestes últimos 10 anos, a maior conquista é o reconhecimento da cena. “O intercâmbio realizado desde a segunda edição possibilita a troca de material e informação com músicos e produtores dos grandes centros, abrindo, assim, portas para a divulgação e circulação de bandas. O Feliz Metal é referência em outros estados”.
O evento recebe o apoio do governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), e da prefeitura de Rio Branco – pela Fundação de Cultura Garibaldi Brasil (FGB). Os ingressos custam R$ 50 e R$ 25 (meia entrada) e estão à venda nas lojas Discardoso (Galeria Meta), Art Nativa (Terminal Urbano) e na conveniência do Posto Tropical. Abaixo, confira um rápido bate-papo com Ricardinho Costa.
Agência: Como se deu o contato com o Blaze Bayley e a banda holandesa Nylon Maiden?
Ricardinho: Em 2010, nós trabalhamos com o Blaze em outro evento da Dream Cry, o Abril True Metal. O underground é muito forte e seletivo, então, se trabalha direito e com honestidade, você ganha boas referências e parcerias. Mas se você pisa na bola, já era. Sabendo do que estávamos fazendo por aqui, o músico paranaense Sílvio Rocha, da produtora “Open The Road”, entrou em contato e ofereceu o show. No começo, ficamos com medo da proporção que as coisas estavam tomando, mas topamos e deu muito certo.
Agência: E o contato para este ano?
Ricardinho: Este ano, novamente, ele nos ofereceu o show e achamos que seria uma atração digna para comemorar estes 10 anos e, assim, decidimos trazer o Blaze mais uma vez, só que agora junto ao Thomas Zwysen, holandês que tem um projeto muito legal chamado “Naylon Maiden”. Acho que essas duas atrações internacionais vão coroar a 10ª edição do Feliz Metal.
Agência: Muitas bandas de Rondônia tocam em Rio Branco, anualmente, por meio da Dream Cry. Como esse intercâmbio funciona? Há algum tipo de acordo ou parceria já estabelecido?
Ricardinho: Aí entra novamente aquela máxima de que o underground é muito forte e seletivo. Você ganha boas referências e parcerias quando trabalha direito e com honestidade. Não há lugar para aproveitadores ou gente que não sabe o que quer, por isso as bandas de Rondônia – como a Sortilégio, Incinerador, Morte Lenta, Putrid Gore e Bedroyt –, são velhas companheiras da Dream Cry. Essa parceria nasceu em 2000 e dura até hoje.
