Unidade construída pelo Governo do Estado e Prefeitura custa mais de R$ 2,5 milhões e tem capacidade para processar 40 toneladas de grãos por hora consolidando o conceito de Zona Especial de Desenvolvimento
O governador Binho Marques visitou na quarta-feira, 28, as obras de implantação do Silo Graneleiro de Brasiléia, localizado no KM 6 da Estrada do Pacífico. A unidade está sendo construída em parceria com a Prefeitura de Brasiléia, que doou o terreno de 1,3 hectare, e se inclui no conceito de Zona Especial de Desenvolvimento (ZED) que reintegra áreas alteradas ao processo produtivo. O silo tem capacidade de secagem de 40 toneladas por hora e irá reduzir consideravelmente os custos de produção de grãos, especialmente o milho, na região do Alto Acre.
Os investimentos somam R$ 2.528.524,68 com recursos provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES Fase III). "Quando organizamos o Acre em Zonas Especiais de Desenvolvimento não eram só planos, mas fizemos grandes investimentos para ter produção intensiva", disse o governador. "Esta obra, que faz parte de um complexo, mostra o quanto estamos unindo forças para atender o produtor rural", completou a prefeita do município, Leila Galvão.
A região tem alto potencial produtivo. Em 2009, por exemplo, são 750 hectares de terras mecanizadas cultivadas com milho. No total, somando-se as terras não mecanizadas, a área com milho pode ultrapassar os 1.000 hectares cultivados. Através de uma estratégia do Governo do Estado, os produtores se reuniram em grupos associados para aquisição de tratores e equipamentos essenciais à mecanização, obtiveram financiamento e elevaram a recuperação de áreas degradadas. Há oito grupos coordenados pelo Estado e 15 gerenciados pelos produtores, o que mostra fortalecimento e autonomia dos agricultores.
O silo de Brasiléia é o terceiro a ser implantado no Acre nos últimos anos. As outras unidades estão localizadas na Estrada de Boca do Acre e em Plácido de Castro e tem capacidade de secagem de 30 ton/h. "Este silo vai resolver definitivamente o problema do produtor desta região", disse Mauro Ribeiro, secretário de Agricultura e Pecuária, responsável pela unidade que irá ajudar a suprir a demanda do Complexo Agroindustrial de Aves, conduzido através de uma parceria público-privado-comunitário (PPC) e que em breve estará abatendo e comercializando 15 mil aves/mês.