Famílias do Projeto de Desenvolvimento Bonal recebem investimentos e apoio para produção

Melhoramento de ramais, equipamentos, casas e uma nova agroindústria do palmito foram anunciadas em ação integrada do Governo, Incra e Embrapa

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Caminhão com carroceria vai melhorar escoamento da produção (Foto: Sérgio Vale/Secom)

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As 26 miniusinas de FDL vão permitir a fabricação de borracha beneficiada (Foto: Sérgio Vale/Secom)

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Comunidade recebeu contratos para construção de casas (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Da área total de 10.447 hectares, apenas 1,2 mil hectares de floresta foram derrubados. A grande maioria das terras que faz parte do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Bonal é constituída por mata primária, explorada de forma inteligente através do consorciamento de espécies, como a seringueira e a pupunha. Este é apenas um dos diferenciais do PDS Bonal, que recebeu nesta sexta-feira uma série de investimentos para a melhoria da qualidade de vida das 208 famílias de produtores, numa ação integrada do Governo do Estado, Incra e Embrapa.

Os investimentos iniciam pelo melhoramento de 14 quilômetros de ramais, incluindo a pavimentação de 2,5 quilômetros. A ordem de serviço foi assinada e as máquinas começam a trabalhar na segunda-feira, 21. A comunidade também foi contemplada com a assinatura de 35 contratos para a construção de casas com recursos do Crédito Instalação, no valor de R$ 15 mil cada uma.

Segundo o diretor de operações do Deracre, Joselito Nóbrega, o ramal da Bonal será beneficiado com revestimento primário – que compreende a terraplanagem e bueiros. "A meta é dotar o ramal de infraestrutura adequada para garantir o escoamento das águas e mais durabilidade da pista. Após o revestimento primário será feito o acabamento com piçarra".

Para melhorar o escoamento da produção a cooperativa de produtores da Bonal (Caeb) recebeu um caminhão com carroceria. Dezessete kits de apicultura e 26 miniusinas de borracha para o processo da Folha Defumada Líquida (FDL) também foram entregues aos produtores para a diversificação dos produtos explorados e o incremento da atividade econômica no projeto.

"Este novo processo vem para criar expectativas e renovar as esperanças. Hoje nós vendemos a borracha por R$ 1,2 o quilo e o preço da folha líquida defumada é de R$ 5 ou R$ 6. Tudo o que vier para melhorar a nossa renda é bem vindo", disse o extrativista Aristótelis Fidelis, que recebeu um dos kits de processamento da borracha.

Mas a maior notícia foi o anúncio, feito pelo Incra, de uma nova agroindústria do palmito de pupunha, um investimento de R$ 1,3 milhão que será licitado até o final deste ano. "Nós fizemos um levantamento e vimos que recuperar a atual indústria não seria viável, pois sairia praticamente o valor de construir uma nova. A estrutura antiga será utilizada para outra finalidade e teremos em breve uma indústria moderna, dentro da melhor tecnologia", explicou o superintendente do Incra, Carlos Augusto Lima Paes, o Cardoso.

Para o novo empreendimento a comunidade vai passar por 14 cursos em 11 áreas diferentes, que vão desde as boas práticas no manejo do palmito até técnicas de empreendedorismo e vendas. Dentro dos recursos para a instalação da nova agroindústria também está previsto o uso de um software de gerenciamento para profissionalizar todo o processo de monitoramento da produção.

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Entre os principais investimentos anunciados, está a pavimentação de 14 Km de ramais. Máquinas do Deracre já estão no local para início das obras (Foto: Sérgio Vale/Secom)

"Aqui nós tivemos uma série de ações integradas que fortalecem e beneficiam os produtores do PDS Bonal. Temos aqui a agroindústria do palmito, da borracha, produtores que trabalham dentro do programa de certificação das propriedades. A entrega dos equipamentos para o FDL e a para a apicultura, a nova indústria do palmito, são iniciativas que fortalecem a economia dos produtores e trazem melhoria na qualidade de vida das famílias que moram aqui", analisou o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Nilton Cosson.

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