De autoria do artista plástico Sérvulo Esmeraldo, obra da Avenida Ceará presta uma homenagem a este estado que influenciou diretamente na formação do Acre
"É impossível esquecer a importância do Ceará na formação do Acre. Tudo começa nos anos 1940, quando milhares de cearenses saíram em busca da borracha. Eles foram motivados por um alistamento compulsório promovido pelo então presidente Getúlio Vargas, que, desta forma, não só conseguiu formar seu "exército da borracha", como tirou mais de 50 mil nordestinos da seca que assolava a região. Boa parte dessa história foi recontada no último dia 6, quando foi inaugurada na Avenida Ceará, principal via de Rio Branco, capital do Acre, o monumento intitulado Jangadas, em homenagem a 107 anos da Revolução Acreana, momento que incorporou definitivamente o território ao Brasil".
O trecho acima é o início da matéria do jornal cearense O Povo e fala sobre a escultura entregue pelo governador Binho Marques no último dia 6 de agosto, data em que se comemorou o aniversário de início da Revolução Acreana e que foram entregues as obras da terceira etapa de urbanização da avenida.
A reportagem de Marcos Sampaio destaca o significado da obra e a trajetória do artista plástico Sérvulo Esmeraldo, autor da escultura. "Formado por três triângulos, como velas, Jangadas faz alusão a um dos principais ícones da cultura local. Entre as palavras gravadas na placa que fica em frente à escultura, ‘Quando os nordestinos empreendiam a longa jornada do sertão até a mais distante floresta da Amazônia, velas ao mar eram o último aceno da terra natal para gerações de cearenses’".
Segundo a reportagem de O Povo, Esmeraldo acredita que Jangadas tem um significado especial. Ele conta que foi convidado pelo presidente da Fundação Elias Mansour, Daniel Zen, para produção da escultura. "O Secretário de Cultura do Acre dizendo que queria uma obra minha na nova avenida que fosse parecida com a que tem aqui, próximo ao mercado de peixes da beira mar".
"O Sérvulo foi escolhido tanto em virtude dos atributos estéticos de sua obra quanto pelo fato de ser cearense, conterrâneo de nossos antepassados", explica Daniel Sant’Ana, diretor-presidente da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour-Acre. "A obra é importante, pois simboliza, com suas formas, as embarcações nas quais os migrantes eram transportados. O resultado não poderia ser melhor."
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