Um esforço gigante para pequenos detalhes

Espetáculo "Levantado do Chão" entra em ritmo de finalização para estrear dia 4 de setembro

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São quatro horas de ensaios diários até a estreia do espetáculo (Foto: Diego Gurgel/cedida)

Costureiras, bordadeiras, artistas plásticos, figurinistas, cenógrafos, iluminadores e alunos. O espetáculo teatral "Levantado do Chão" conta com um verdadeiro grande time de profissionais voltados para a produção final da peça. Com menos de duas semanas para sua estreia – 4 de setembro, às 20 horas, na Usina de Arte João Donato -, alunos e profissionais entraram num ritmo acelerado de trabalho e ensaios para que o espetáculo entre para a história.

O que impressiona na produção de "Levantado do Chão" é sua grandiosidade. O espetáculo é a formatura das turmas de Música e Teatro da Usina de Arte, mas os alunos do curso de Artes Plásticas também estão envolvidos. "Os alunos de artes plásticas estão se dedicando muito, envolvidos na produção das xilogravuras que compõem o palco e objetos de cena, além de seguir as oficinas do curso normalmente", explica Clarisse Baptista, coordenadora-geral da Usina.

Interpretando a adaptação da obra do consagrado escritor português José Saramago sobre a luta do povo do campo face às suas forças opressoras, estão 40 alunos no palco, entre atores e músicos. São quatro horas de ensaio por dia, e muitos chegam mais cedo e saem mais tarde, com o objetivo de se aprimorar cada vez mais até a grande estreia. É um trabalho de refinamento. "Está sendo um trabalho danado, eles não pararam um minuto", conta Clarisse.

Trabalho minucioso

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Dedicação com todos os detalhes: figurinos recebem atenção especial (Foto: Diego Gurgel/cedida)

Tudo em "Levantado do chão" é cercado de pequenos detalhes que merecem uma atenção mais do que especial. Desde o cenário até a luz e os figurinos, profissionais de vários cantos do país junto com alunos e profissionais do Estado se esforçam todos os dias e até fins de semana para produzir todos os elementos necessários.

O chão de todo o teatro da Usina de Arte está coberto de lona. Grandes painéis de xilogravuras compõem a maior parte do cenário. São nove grandes folhas de compensado de madeira, num trabalho delicado, feito a mão, numa realização dos alunos e do artista plástico André de Miranda.

Já o figurino é um desafio à parte, pois uma coisa é a produção de roupas da moda, com acabamentos perfeitos e tecidos em ótimo estado, e outra coisa é realizar um figurino de época, em que todos os detalhes como relevo, volume e tom são importantes. É um trabalho onde as próprias roupas precisam ser cortadas, rasgadas, queimadas e envelhecidas. Segundo o figurinista Rodrigo Cohen, serão mais de 300 peças de roupas em 90 figurinos. Um trabalho que sem dúvida merece ser conferido.

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