80% dos focos do mosquito da dengue estão dentro das residências

Cuidado da população é essencial na prevenção e combate à doença. Conheça alguns exemplos de quem faz o dever de casa

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No quintal de casa, Joana não deixa nem tampinha de garrafa que pode acumular água (Foto: Ângela Peres/Secom)

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Marly deixa a cisterna sempre tampada e, assim como Joana, sabe a importância da prevenção no combate à dengue (Foto: Ângela Peres/Secom)

“Aqui em casa não deixo água acumular. Mantenho caixa d’água e poço fechados. Sei que simples ações podem impedir o aparecimento de mosquitos da dengue.” A declaração é da dona de casa e moradora do Mocinha Magalhães Joana Rodrigues Brandão.

Assim como ela, Marly de Lima Rodrigues diz manter o quintal sem qualquer objeto que possa acumular água. “Retiro até mesmo as tampinhas de garrafas, que também podem servir de criadouros. É preciso o envolvimento de todos para que os casos comecem a diminuir”, destaca a moradora.

As duas mulheres são exemplos de como o combate à dengue depende de atitudes simples, mas que podem fazer grande diferença. Afinal, o cuidado que começa nos quintais pode evitar, de acordo com Ministério da Saúde, a proliferação em 80% dos focos do mosquito. Nas residências, os principais pontos são os pratinhos dos vasos de plantas, poças nas calçadas e lajes, garrafas e água parada no quintal. Também é possível foco a água parada dentro da geladeira e no bebedouro.

Além do trabalho de prevenção realizado pela comunidade, Governo do Estado e prefeitura de Rio Branco desenvolvem medidas de controle e tratamento da doença. São 255 agentes de endemias visitando as residências com a meta de erradicar os focos. A atuação é reforçada com a participação de 30 homens do Exército. Agora são sete carros de "fumacê", que repetem o serviço de soltar o produto que mata os mosquitos a cada quatro dias nas residências da capital.

No tratamento às pessoas com a doença, continua o atendimento específico para as infectadas em três postos de saúde: Barral y Barral (24 horas), Vila Ivonete e Cláudia Vitorino (todos os dias da semana, das 7 às 22 horas).

O secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil, disse que a situação da dengue hoje em Rio Branco já é de epidemia. "Essa situação se configura quando há a transmissão rápida da doença de uma pessoa para a outra", explica. Segundo ele, a Prefeitura e o Governo do Estado fortalecem as parcerias para ajudar no combate à dengue em todos os sentidos: atendimento aos pacientes e combate à proliferação do mosquito transmissor. "Estamos estudando ainda a possibilidade de nesta semana abrirmos mais uma unidade de saúde para atendimento exclusivo às pessoas com suspeita de dengue", afirmou Khalil.

Enquanto isso, o secretário reforça a importância da população como parceira desse trabalho. "A dengue só se transmite com o mosquito, e o mosquito só se prolifera se houver água parada. É importante todos participarem desse mutirão."