Segurança realiza vistoria nos presídios e governo mantém diálogo com Justiça e Ministério Público

Gestores realizam reuniões constantes para alinhar ações (Foto: Val Fernandes/Secom)

Após vistoria para o acompanhamento da intensificação das medidas que visam combater o crime organizado nos complexos Francisco de Oliveira Conde (FOC) e Antônio Amaro, na sexta-feira, 6, a governadora em exercício, Nazareth Araújo e o Sistema Integrado de Segurança Pública reuniram-se com representantes do Ministério Público Estadual (MPAC) e Tribunal de Justiça do Estado (TJAC) para discutir as ações que o Estado vem executando em prol da segurança.

O MPAC e o TJAC avaliaram que essas ações têm sido de suma importância para o estado, uma vez que as medidas preventivas resultam num controle efetivo e eficaz, não só destas unidades, mas das ruas, fronteiras e da população em geral.

“Esse é um processo que já acontece ao longo do tempo aqui no Acre e essas instituições vêm acompanhando e fazendo as ações em conjunto. Essas medidas vão surtir efeitos e a gente agradece a harmonia dos poderes que nos confere uma situação diferente dos outros estados. Esse apoio institucional é de suma importância. São medidas que promovem a garantia da segurança da população”, destacou Nazareth Araújo.

O procurador-geral do MPAC, Oswaldo D’Albuquerque, parabenizou o posicionamento do Estado com a antecipação de diversas operações para evitar uma carnificina, como vem ocorrendo em outros estados da Região Norte.

“Podemos constatar a eficácia das forças de segurança com ações específicas destinadas ao enfraquecimento das facções criminosas no Acre. As medidas que estão sendo adotadas pelo sistema integrado nos presídios, o reforço de pessoal nas guaritas e os equipamentos que reforçam a segurança são fundamentais. O Ministério Público está diuturnamente, por meio das promotorias, à disposição para qualquer emergência”, garantiu o procurador-geral.

A corregedora do TJAC, desembargadora Regina Longuini, afirmou que no que compete ao poder judiciário já foram feitas as análises de todos os pedidos de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), e também avançou-se junto às solicitações do Instituto Socioeducativo (ISE) e outras ações conjuntas.

“No Acre podemos trabalhar como uma família, estabelecendo medidas dentro de suas atribuições para melhorar e fazer crescer nossas atividades em prol de minimizar qualquer crise. Estamos aqui para trabalhar em conjunto e atender às demandas que se fizerem necessárias”, disse a desembargadora.

Medidas estratégicas e reforço

Presídios são monitorados para evitar rebeliões (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governo do Estado vem traçando medidas de segurança, desde o ano passado e os primeiros dias de 2017, para que não ocorra uma rebelião, como nos estados do Amazonas e de Roraima.

“A nossa preocupação não se resume somente, nos presídios, estamos com o policiamento reforçado em vários pontos da capital e do interior, para proteger a população dos ataques criminosos. Polícias Militar e Civil, Detran e Corpo de Bombeiros trabalham em unidade com várias operações para identificar os criminosos que fazem parte de facções criminosas”, declarou o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias.

De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Martin Hessel, várias medidas foram tomadas desde o mês de dezembro, pois os reeducandos identificados como líderes de organizações criminosas foram remanejados para outros locais.

“Alguns reclusos foram destinados ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que compreende na extinção de benefícios ao apenado. Outro fator é que a segurança das unidades prisionais da capital e do interior foram reforçadas, com o emprego de três guarnições das polícias Militar, Civil e dos agentes penitenciários que auxiliam na guarda dos presídios”, explicou Hessel.

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