Encontro já começou em Rio Branco e vai eleger propostas de políticas públicas para conferência nacional
Com auditório da Fundação Hospitalar lotado, começou na noite desta terça-feira, 19, a 2ª Conferência Estadual de Saúde Mental do Acre. Representantes das 22 cidades do Estado, eleitos delegados durante as conferências municipais, participam do debate que vai eleger as principais propostas para levar à Conferência Nacional.
O coordenador geral da Conferência e assessor Técnico do Ministério da Saúde, Francisco Cordeiro, participou da abertura do encontro. Para ele, iniciativas como essa são importantes para ampliação do debate sobre a saúde mental no Brasil. "As conferências servem como espaço de discussão. Nós precisamos consolidar um modelo de atendimento aos pacientes. O Brasil tem se posicionado no mundo como um país que avança no serviço de Saúde Mental, e esse encontro permite a troca de experiências, a consolidação de políticas importantes e a descoberta de novos desafios".
A Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial envolve todos os Estados brasileiros, sendo uma etapa obrigatória para a Conferência Nacional. Este ano, o tema central é Saúde Mental, Direito e Compromisso de Todos: Consolidar Avanços e Enfrentar Desafios. No Acre, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e o Conselho Estadual de Saúde (CES) são quem promovem o encontro.
Nesta quarta e quinta-feira, 19 e 20, os grupos de trabalho se dividem no auditório da Uninorte para discussão dos eixos temáticos. Ao final, serão eleitos os delegados que levarão as propostas do Acre para o encontro nacional.
Para o Secretário Estadual de Saúde, Osvaldo Leal, integração e ampliação do sistema de atendimento são dois eixos prioritários nessa discussão. "Este é um tema intersetorial e diz respeito a diversas instituições públicas e também da sociedade e organizações que atuam nesse setor. Nós temos nessa conferência um indicativo importante da necessidade de ampliação da rede de apoio psicossocial com o objetivo de oferecer cuidado às pessoas com transtornos mentais ou que utilizam substâncias psicoativas. Toda rede precisa estar integrada e isso com certeza será um indicativo das propostas apresentadas nestes dois dias de debate".
E a integração da rede de atendimento foi justamente uma das prioridades levantadas na conferência em Porto Walter e que o delegado do município, Adeildo Silva, traz para o encontro em Rio Branco. "Acho que este momento é importante porque aqui nos reunimos, debatemos nossas dificuldades em comum, principalmente dos representantes do Juruá, e aprendemos uns com os outros".