Bois de Parintins e Concurso Nacional de Quadrilhas marcaram o último fim de semana da festa organizada pelo Governo do Estado
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Após sete dias de uma festa animada e colorida, o 12º Arraial Cultural chegou ao fim e o 6º Concurso Nacional de Quadrilhas conheceu seus vencedores. As bandeirolas que enfeitavam a Arena dos Folguedos, palco de enfrentamento dos quadrilheiros de todo o país, compunham junto ao público de pelo menos dez mil pessoas por noite um espetáculo cuidadosamente preparado e ensaiado. Cada cor, cada renda na saia rodada dos vestidos caipiras, cada chapéu de palha, traduziram o capricho e o carinho dos brincantes nessa tradicional festa realizada pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM).
Este ano o Acre sediou pela primeira vez o 6º Concurso Nacional de Quadrilhas. Dez quadrilhas de outros Estados participaram da disputa. A quadrilha Raio de Sol, de Pernambuco, foi a grande vencedora do concurso nacional, levando para casa um troféu e R$ 12 mil. Em segundo lugar ficou a quadrilha Cafundó do Brejo, de Tocantins, que recebeu o prêmio de R$ 10 mil; o terceiro lugar ficou com a quadrilha Rancho Alegre, do Rio Grande do Norte, que recebeu o prêmio de R$ 8 mil; em quarto ficou a quadrilha Pau Melado, do Distrito Federal, que recebeu o prêmio de R$ 7 mil e em quinto, a quadrilha Matutos na Roça, do Acre, que recebeu o prêmio de R$ 6 mil.
A quadrilha Pega-Pega participou do concurso nacional porque venceu Circuito Municipal de Quadrilhas, organizado pela Liga de Quadrilhas do Acre. Esta foi a quarta vez que a Pega-Pega representou o Acre a nível nacional. "Se apresentar em casa, com o nosso público, disputando com quadrilhas de outros estados, é uma emoção que não tem palavras pra ser descrita. É forte demais. Foi um presente. Sem falar que nunca encontramos, nos festivais nacionais dos quais já participamos, uma estrutura e uma organização como essa", disse o coordenador da quadrilha, Aldecimar dos Santos.
Esta semana a Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) deve divulgar o resultado da pesquisa sócio-econômico, apresentado o balanço da movimentação financeira do evento. O comerciante Aldemar Freitas aproveitou a festa para ganhar dinheiro. "Eu participo desde as primeiras edições. O movimento é sempre bom, a gente que vive de vender alimentação precisa de eventos como esse. O frio prendeu um pouco as pessoas em casa, mas não chegou a atrapalhar. A natureza nunca atrapalha", disse.
Para o presidente da FEM, Daniel Zen, este foi o maior evento dos últimos doze anos. "Tivemos entre 10 e 15 mil pessoas por noite, no show da Elba acredito que o público chegou a 25 mil. Foram 10 quadrilhas de fora e isso proporciona uma interação, uma troca de olhares, de conhecimentos que é importante que as nossas quadrilhas tenham. O balanço é super positivo, foi uma festa maravilhosa, linda. O movimento cultural caipira está cada vez mais fortalecido no nosso Estado e o que é melhor, o concurso nacional este ano foi aqui e temos consciência de que demos o nosso melhor e fizemos bem feito", comentou.
Assim como os organizadores, o público que compareceu ao estacionamento do estádio Arena da Floresta também saiu satisfeito. Para a comerciante Roberta Farias, essa foi uma oportunidade de assistir a boas apresentações e saborear a comida típica local. "A organização está de parabéns. A festa está colorida, tranquila, bonita e eu gostei muito das quadrilhas. Espero que o Arraial Cultural continue sendo uma tradição no calendário do Acre".
Atrações nacionais enriqueceram a programação
Elba Ramalho, Quinteto Violado e os Bois Garantido e Caprichoso. Estas foram as atrações nacionais que fizeram parte da programação do 12º Arraial Cultural. No show de Elba a estimativa é de que 25 mil pessoas estiveram presentes na Arena dos Folguedos e dançaram ao som do forró pé de serra da paraibana. Já o Quinteto Violado fez uma homenagem a Luiz Gonzaga, cantando seus maiores sucessos. Outra atração que reuniu milhares de pessoas foram os Bois Garantido e Caprichoso, no último sábado, direto de Parintins para o Arraial Cultural.
"O tema do festival deste ano era Amazônia de Todo o Brasil, e queríamos algo que fosse do Norte e tivesse força representativa. Nada mais representativo na região, com força em todo o Brasil, como os bois", comenta uma das organizadoras do evento, Karla Martins, da FEM.
Segundo Osório Melo, coordenador do Boi Garantido, foi montado um show específico para ser apresentado no Acre. "Esse era um Estado que sempre quisemos conhecer, primeiro por sermos vizinhos, e também por ser a terra de Chico Mendes, que faz parte inclusive de uma música nossa", disse.
O produtor do Boi Caprichoso, primeiro grupo a se apresentar na Arena dos Folguedos, falou do orgulho em se apresentar no Acre. "Esta é a primeira vez e espero que tenhamos outras oportunidades. Queremos agradecer ao convite e a atenção que nos deram", disse.
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