Tião Viana apresenta potencial da piscicultura acreana durante seminário

O evento reuniu produtores, além de empresários, representantes comerciais de outros estados e autoridades bolivianas (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
O evento reuniu produtores, além de empresários, representantes comerciais de outros estados e autoridades bolivianas (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O governador Tião Viana foi o palestrante de abertura do Seminário Estadual Sobre Modelos Tecnológicos para a Piscicultura, que está sendo realizado pela Federação das Indústrias do Acre (Fieac), em parceria com o governo do Estado e o Sebrae, durante toda esta quarta-feira, 30.

O evento reúne pequenos, médios e grandes produtores de pescado no Estado, além de empresários voltados a avanços tecnológicos da cadeia produtiva da piscicultura, uma das maiores apostas para o desenvolvimento econômico sustentável do Acre.

O governador do Departamento [Estado] de Pando, na Bolívia, Luis Flores Roberts, também esteve presente.

Tião Viana tem apostado no projeto desde sua primeira gestão, criando o maior complexo de piscicultura do Brasil, a Peixes da Amazônia, além de impulsionar a construção de mais de cinco mil tanques comunitários em todo o Estado só no seu primeiro mandato.

Ele falou da mudança na realidade do setor produtivo, com um grande conjunto de pessoas apostando na produção de peixes, dos desafios do capital de giro e de como superar barreiras. O Acre hoje vende pescado para diversos Estados no país, além de 10 toneladas para o Peru a cada dez dias.

“Temos que olhar a história do Acre, o momento econômico e os desafios. A criação do peixe gera baixa emissão de carbono, gera valor agregado e renda para uma população, que, mesmo que tenha uma pequena propriedade, pode tirar bons valores. O Acre incorporou o que há de melhor no mundo e trouxe essa oportunidade econômica”, disse o governador.

Governo investiu na construção de mais de cinco mil tanques (Foto: Arquivo Secom)
Governo investiu na construção de mais de cinco mil tanques (Foto: Arquivo Secom)

Uma aposta alta

Durante todo o dia, os participantes do seminário discutirão as perspectivas do mercado, as estratégias para agregar ainda mais os pequenos produtores no modelo de piscicultura, além da apresentação de novas tecnologias para a criação de peixes.

O presidente da Fieac, José Adriano, ressalta a importância de ter uma união institucional pela viabilidade do projeto, transformando o Acre num endereço da piscicultura na Amazônia.

“Na medida que atraímos esse público para a Federação, também mostramos o que temos em relação a esse setor, que de certa forma atraí benefícios para a indústria. E estamos atentos a todas as possibilidades de contribuir para o crescimento desse setor”, conta.

O diretor do complexo Peixes da Amazônia, Fábio Vaz, reforça esse papel de agregar ainda mais produtores em torno do projeto.

“Os produtores aqui vão ter acesso à tecnologia de ponta na produção primária. Isso é importante, porque faz com que a produção cresça e, junto com ela, a oferta para a indústria, gerando um produto de qualidade, com preço menor, importante para sermos competitivos lá fora.”

Projeto de piscicultura do Acre é uma das maiores apostas de Tião Viana, que investiu na construção do complexo e de milhares de tanques comunitários (Foto: Pedro Devani/Secom)
Projeto de piscicultura do Acre é uma das maiores apostas de Tião Viana, que investiu na construção do complexo e de milhares de tanques comunitários (Foto: Pedro Devani/Secom)

Agregando

Uma das apostas do seminário é a sessão de “tira dúvidas” entre os produtores. Milton Meira, presidente da Central de Cooperativas dos Piscicultores do Acre (Acrepeixes), conta hoje que a central contabiliza mais de 700 famílias produtoras associadas e que eventos como esse mostram a força da categoria.

“É com muita satisfação que vemos esse progresso no desenvolvimento dos nossos piscicultores. Este seminário é uma forma de transferir conhecimento para todos. E estamos satisfeitos de ver o governo do Estado investindo nessa população”, disse Meira.

O secretário de Estado de Desenvolvimento da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Sibá Machado, um dos principais apoiadores do seminário, completa: “Temos um dos melhores complexos de piscicultura do Brasil, e agora precisamos trabalhar muito forte na produção de campo e ultrapassar as 20 mil toneladas por ano”.

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