Houve um tempo em que as escolas rurais no Acre não recebiam a devida atenção. Hoje a realidade é bem diferente. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), realiza investimentos na ordem de R$ 71 milhões para realizar reformas fundamentais que irão garantir a qualidade do ensino ao longo do ano letivo.
Com isso, o governo também aumenta a oferta de vagas em todos os 22 municípios acreanos. O coordenador de ensino rural da SEE, professor Ricardo Oliveira, explica que no ano passado foram realizadas 32 mil matrículas. “Este ano, o número vai aumentar para 42 mil, possibilitando aos alunos estudar em suas próprias comunidades.”
Esse conjunto de investimentos, que se verifica em diversas escolas rurais, é realizado por meio de recursos próprios e também do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser).
Na maioria delas há um conjunto de reformas em andamento e em outras, como é o caso da Dalva de Souza Neves, uma nova unidade está sendo construída. Localizada no km 72 da rodovia AC-90 (Transacreana), ela agora ficará na Vila Verde (km 58), anexa à escola municipal Terezinha Miguéis, numa parceria importante com a prefeitura de Rio Branco, que cedeu o terreno.
Na Escola Major João Câncio, também na Transacreana (km 80), há recursos do governo e do Proser, garantindo não apenas a pintura e a reforma do espaço, mas também a construção de corredores, ampliação das salas de aula, rampa de acesso e até de dois novos banheiros, que irão se somar aos quatro que estão sendo reformados.
Outra unidade beneficiada com ambos os recursos é a Wilson Pinheiro, no ramal e polo de mesmo nome. Lá, assim como em muitas outras, intervenções estão acontecendo na cozinha, nas salas de aula, no telhado e na construção de um novo bloco, que permitirá o aumento da oferta de vagas.
Outra grande intervenção do governo do Estado é na Santo Antônio II, no ramal do Belo Jardim. Lá, o esforço garante reformas fundamentais no refeitório, na cantina, nos banheiros, salas de aula e também no setor administrativo, como sala de professores, direção e coordenação.
A elas somam-se diversas outras escolas, como a Ruy Azevedo, a São Camilo, a Santa Maria II, a Santiago Dantas, a Alto Alegre II, a Augusto Monteiro (que foi reformada no ano passado), a Jorge Kalume, a Ena de Oliveira, a Floresta e muitas outras.
E todo o trabalho está sendo realizado agora no recesso escolar, para que os alunos, quando se iniciar o ano letivo agora no mês de março, possam encontrar um novo ambiente para estudar e conviver.
Acolhimento
Intervenções na estrutura física estão diretamente relacionadas ao ensino e ao cotidiano da comunidade. Hellana Cristina Ferreira é funcionária da escola Major João Câncio e faz questão de dizer que a construção de novos banheiros, por exemplo, beneficiará diretamente os alunos que ficam no contraturno.
“Toda a comunidade escolar está ganhando com essa reforma. Os alunos, por exemplo, quando chegarem para estudar irão se deparar com uma escola melhor, mais estruturada, com uma nova pintura, com as salas ampliadas, fazendo com que eles se sintam mais acolhidos com essa nova estrutura”, comentou.
Mais alunos
Quem também comemora as intervenções do governo do Estado nas escolas rurais é a coordenadora administrativa da Wilson Pinheiro, Cecília Regina Silva da Rocha, para quem a ampliação do espaço permite aumentar o número de vagas neste ano letivo.
“As salas eram muito pequenas e a gente tinha uma demanda muito grande de alunos, mas agora vamos ter salas mais amplas, e com isso eu acredito que a gente vai ter uma maior quantidade de alunos. E não são apenas eles: os próprios funcionários, que não tinham uma sala, uma secretaria, agora vão ter, e isso é muito gratificante para todos nós”, afirma.