A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE), deflagrou nas primeiras horas desta terça-feira, 6, a Operação Repatriar. A ofensiva contra o tráfico de drogas apreendeu mais de 80 quilos e cumpriu 50 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Feijó e Sena Madureira. Nas cidades de Primavera do Leste e Sorriso (MT) e em Boca do Acre (AM), pessoas também foram presas.
Essa investigação teve duração de onze meses, tendo como principal objetivo combater o tráfico de drogas e sequestro de bens adquiridos de forma ilegal com uso de dinheiro oriundo da venda de entorpecentes.
A operação é uma das maiores já realizadas pela Polícia Civil no quesito sequestro de bens, apreensão de drogas e bloqueio de contas bancárias. A Segurança Pública estima ter causado um prejuízo superior a R$ 2,5 milhões no mundo do crime, sobretudo na retirada de ativos criminais que deixam de fomentar os crimes de homicídio, roubo e assaltos.
Foram confiscados 48 veículos e apreendidas cinco armas de fogo (pistolas, revólveres e metralhadora), mais de 400 cápsulas de munição intactas, eletroeletrônicos, computadores, televisores e câmeras de videomonitoramento, além do bloqueio de 45 contas bancárias.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, esses números demonstram o que as forças policiais acreanas já vêm falando há vários meses. “Embora seja da União a responsabilidade primária de coibir o tráfico de drogas nas fronteiras, as forças policiais do Estado estão assumindo o compromisso e a obrigação de poder chegar até essa guerra de facções. Foi uma operação muito bem planejada, com extremo profissionalismo e que demonstra o grau de excelência da Polícia Civil do Acre”, disse.
Sobre a investigação
Foram onze meses de trabalho investigativo, com início em fevereiro de 2017. A ação também contou com o apoio das polícias civis do Amazonas e do Mato Grosso no cumprimento de mandados judiciais.
Para o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, além da retirada dessas pessoas do convívio social, há também um avanço na recuperação de todos os ativos criminais decorrentes dos ilícitos praticados por organizações criminosas. “A Polícia Civil vai continuar a fazer essas investigações e requisitar à Justiça que os valores apreendidos na operação sejam revertidos em favor da Segurança Pública, para que sejam usados no combate ao tráfico de drogas, ilícito criminal que acarreta homicídios e outros crimes que aterrorizam a sociedade”, completou o delegado-geral.
De acordo com a investigação, a cifra de mais de R$ 2,5 milhões em bens sequestrados poderá ser ainda maior após a conclusão do trabalho investigativo nas contas bancárias bloqueadas. Os indiciados foram conduzidos à delegacia, onde ficam à disposição da Justiça do Acre.