Em decorrência das últimas chuvas na bacia do Rio Acre, o manancial apresentou elevações na capital e interior do estado. Na tarde desta quarta-feira, 10, a governadora em exercício Nazareth Araújo e o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, se reuniram com os órgãos de defesa e meio ambiente que compõem a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA), para traçar estratégias de atuação e estudar possíveis cenários de enchentes.
Em Rio Branco, o Rio Acre registrou às 15 horas a marca de 11,60 metros. Devido à cota de alerta ser de 13,50 metros e a de transbordamento 14, a prefeitura decidiu iniciar a construção dos abrigos no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. Desde dezembro, a instituição dispõe de um Plano de Contingência contra Enchentes.
“A gente pensa no que pode acontecer de mais grave e torce, claro, para que não ocorra. Mas havendo a necessidade, nós precisamos dar a resposta e nós estamos preparados para isso. É a preparação que nos dá a tranquilidade das ocorrências que são típicas da nossa região amazônica, de tratá-las com aquilo que é o respeito à população e com a serenidade que a prevenção nos garante e que é adequada para esse tipo de evento”, salientou Nazareth Araújo.
De acordo com o relatório de monitoramento hidrometeorológico da CEGdRA, a previsão para o primeiro trimestre do ano – janeiro, fevereiro e março – é de chuva acima da média em todo o Acre.
O prefeito Marcus Alexandre destacou as medidas preventivas em curso na capital. “Já amanhã, iniciamos o trabalho no Parque de Exposições, pois o rio atingiu uma cota próxima aos 12 metros. Então, todas as medidas que precisam ser tomadas dentro do Plano de Contingência serão tomadas imediatamente. A gente espera que a alagação não aconteça, mas se ocorrer estamos preparados, contando com o apoio do Estado”, frisou.
A situação no interior do estado também está sendo monitorada pelo governo. Em Assis Brasil, o Rio Acre registrou a cota de 5,55 metros, nesta quarta-feira, apresentando vazante de 48 centímetros entre as seis da manhã e três da tarde. Já em Brasileia se manteve estável, registrando a marca de 7,87 metros.
Rio Madeira
O Rio Madeira também apresentou elevação nos últimos dias. Em Porto Velho o manancial registrou a marca de 13, 24 metros – nível abaixo da cota de transbordamento que é de 17 metros.
No trecho do Abunã, divisa entre Acre e Rondônia, o Madeira registrou a cota de 19,90 metros. A situação é monitora pela Defesa Civil Estadual que vai realizar vistoria nesta quinta-feira, 11.
“Monitoramos não apenas o nível do Madeira como também o volume de chuvas na bacia. Nesta quinta-feira, farei uma vistoria in loco para averiguar o nível de subida dessa lamina de água. Vamos entrar em contato com a Usina de Girau e Santo Antônio, bem como com a Agência Nacional de Águas (ANA), para que juntos possamos discutir a situação no Abunã”, explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.