[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” video_bg=”yes” video_bg_url=”https://www.youtube.com/watch?v=zqFeySZ0kv0″ css=”.vc_custom_1527003727495{margin-top: -250px !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” el_class=”orange darken-4″ css=”.vc_custom_1527008180391{padding-top: 50px !important;padding-bottom: 100px !important;}”][vc_column][vc_custom_heading source=”post_title” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal” el_class=”white-text”][vc_text_separator title=”Texto de Maria Meireles || Fotos de Junior Aguiar || Diagramação de Adaildo Neto” color=”white” el_class=”pequeno white-text”][vc_text_separator title=”Rio Branco, 04 de junho de 2018″ color=”white” el_class=”pequeno white-text”][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1521576300268{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=”white”][vc_column_text]É inverno no Acre – Norte do país, Amazônia. As chuvas não cessam e as águas do Rio Acre sobem numa velocidade assustadora. Eles dormiram admirados com a força da natureza, mas tiveram que despertar no meio da madrugada, pois estavam molhados. As águas do manancial, que recebe o nome do estado, invadiram as residências, deixando diversas famílias desabrigadas.
A narrativa poderia ser apenas um conto amazônico, se não retratasse a vida de milhares de acreanos que culturalmente construíram suas moradias às margens dos rios. Em 2015, o Acre vivenciou uma de suas maiores catástrofes naturais, com a enchente dos rios afetando a estrutura socioeconômica das cidades. Em Rio Branco, o manancial registrou a cota máxima de 18,40 metros, em 5 de março – 4,40 metros acima da cota de transbordamento.
Segundo a Defesa Civil Municipal, 10,5 mil famílias ficaram desabrigadas e foram alojadas em abrigos públicos, construídos e mantidos pela Prefeitura de Rio Branco e o governo do Estado. A aposentada Maria das Dores Santos, 60 anos, estava entre as vítimas da cheia histórica.
[aspas fala=”Foi muito difícil no abrigo, tinha gente que eu nunca tinha visto. Mas, graças a Deus, ainda tínhamos para onde ir. Ruim mesmo era antigamente, quando não tinha auxílio. O rio subia, entrava em casa e a única coisa que me restava era suspender os móveis” ]
Relembra a viúva, que vendia comida para sustentar os nove filhos. “Ia para a rodoviária trabalhar e eles ficavam em casa, com a água nas canelas.”
Natural de Boca do Acre (AM), Maria das Dores morou 32 anos no bairro Cidade Nova, na capital, às margens do rio na capital acreana. Em janeiro de 2017, ela foi removida da área de risco e contemplada com uma residência na Cidade do Povo – maior empreendimento habitacional do estado.
Apesar das adversidades, das Dores nunca perdeu a esperança. Das lutas anteriores “fez adubo” para as conquistas. “A gente lutava para comprar as coisas, a alagação vinha e a gente perdia tudo. Daí tinha que batalhar novamente para comprar tudo de novo. Hoje, olho para a minha casa e meu coração se enche de alegria. Sou feliz na Cidade do Povo”, ressaltou.
A enchente histórica do Rio Acre afetou todos os municípios banhados pelo manancial: Porto Acre, Capixaba, Xapuri, Assis Brasil, Rio Branco, Epitaciolândia e Brasileia, onde 90% da cidade foi atingida diretamente pelas águas. O fenômeno desafiou a administração pública, acarretando problemas nas áreas de saúde, produção, moradia, segurança e economia.
Em Rio Branco, 3.348 famílias – mais de 15 mil pessoas – já não vivem mais sob a ameaça da enchente do Rio Acre. Elas residem na Cidade do Povo, empreendimento habitacional que nasceu do compromisso da gestão de Tião Viana. O novo bairro – além de se tornar referência na Amazônia – reconstruiu sonhos e gerou cidadania, e é nesse ambiente de esperança que Maria das Dores escreve mais um capítulo de sua história.[/vc_column_text][vc_column_text]Ouça a reportagem na voz do jornalista Sandro de Brito:
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”340575″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Onde a felicidade fez morada” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]A casa de paredes coloridas, localizada na quadra 3-D da Cidade do Povo abriga o mais sublime dos sentimentos: gratidão. Nela, Maria das Dores mora com a filha, cultiva plantas e desfruta a tranquilidade de uma moradia com saneamento e infraestrutura. Nos fins de semana, ela reúne os parentes para matar a saudade e celebrar a vida.
[aspas fala=”Quando chegou o tempo de eu mudar para cá, minha casinha antiga já estava nas últimas. Mas, graças a Deus, não tenho mais preocupação com alagação. Estou numa área muito calma. Aqui é tranquilo! Se quiser deixar toda a minha roupa no varal, posso deixar. Ninguém pega nada, essa quadra é abençoada por Deus. Eu amo meu cantinho”]
O projeto habitacional oferece mais que moradia. No bairro, o governo do Estado implantou toda uma rede de assistência: duas escolas de ensino fundamental e uma de ensino médio, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), duas creches, uma Unidade Básica de Saúde, um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), doze praças poliesportivas, mercado público, Centro de Educação Profissional, terminal de integração para ônibus, três postos policiais e um abrigo para viaturas.
Um verdadeiro complexo de cidadania popular, que reúne o investimento atual de R$ 350 milhões. Além do que já está disponível, novas edificações estão sendo construídas na Cidade do Povo: Escola de Gastronomia, outra de ensino regular e uma delegacia.
Mas o que torna esse projeto relevante para os moradores? Eles são felizes, sentem-se contemplados? Maria das Dores Santos tem propriedade para responder.
“Minha moradia era ruim, mas eu tinha. E aqueles que viviam de aluguel? Minha filha mesmo vivia desempregada e tinha que pagar aluguel. Hoje, está tranquila, mora na quadra 7. Sou feliz aqui, pois tenho Deus na minha vida, tenho uma filha morando comigo e outros que não se esquecem de mim. Os vizinhos são todos legais comigo, portanto, sou feliz”, declarou a moradora da Cidade do Povo.[/vc_column_text][vc_video link=”https://www.youtube.com/watch?v=yI_IJS2Hw-s”][/vc_column][/vc_row]