Projeto Guarda Mirim é retomado pela Polícia Militar

Natalício Braga coordena as atividades e passa instruções ao grupo. Muitos nunca tiveram experiências do tipo (Foto: Angela Peres/Secom)

Natalício Braga coordena as atividades e passa instruções ao grupo. Muitos nunca tiveram experiências do tipo (Foto: Angela Peres/Secom)

A Polícia Militar retomou em 2013 o programa “Guarda Mirim”, o projeto é executado em dois batalhões da capital e em Cruzeiro do Sul. O objetivo é formar multiplicadores das ações de segurança pública desenvolvidas pelo governo do Estado no combate e enfrentamento à violência e o uso de drogas.

{xtypo_quote_right}Tem um brilho no olhar desses meninos

Natalício Braga{/xtypo_quote_right}

Atualmente cerca de 160 adolescentes participam das atividades, 80 deles moram na região do Calafate e são atendidos pelos profissionais do 4° Batalhão de Polícia Militar, localizado no bairro Universitário. O batalhão é responsável pelo policiamento ostensivo e operações especiais. O major José Messias comanda o batalhão e coordena as turmas que estão em processo de formação. “Nós percebemos uma mudança significativa no comportamento desses adolescentes, não só na escola, mas no seio familiar e principalmente no relacionamento com os amigos e pessoas das comunidades onde eles vivem”, lembrou.

Comandados pelo sargento Natalício Braga, a equipe de guardas mirins visitou o estádio Arena da Floresta na tarde desta quinta-feira, 27, a atividade faz parte do treinamento prático e vai possibilitar que eles conheçam os pontos turísticos e as grandes obras de toda da cidade. “O nosso projeto possibilita outros horizontes para essas crianças e adolescentes, eles se sentem a vontade e alguns realizam sonhos. Muitos deles nunca vieram a um estádio de futebol, tem um brilho no olhar desses meninos”, afirmou Natalício.

Resgate do Projeto

Carlos Cavalcante * tem apenas 14 anos e já integra a equipe dos guardas mirins da regional do Calafate. Atualmente, mora com a mãe, a avó e três irmãos no bairro Ilson Ribeiro, mas nem sempre foi assim, desde que nasceu ele morava com o avô em uma colônia na zona rural e veio para a cidade depois que o avô, que ele tinha como pai, faleceu. Sem estudar, começou a se envolver com traficantes do local e foi flagrado, numa abordagem policial, portando drogas. Foi então que surgiu o convite, “ele chamou muito a minha atenção, por isso o inseri no projeto. Carlos é nosso orgulho, ele é um novo garoto e tem um belo futuro”, disse o major Messias.

{xtypo_rounded2}

Foto: Angela Peres/Secom{xtypo_quote}Sempre fui muito apegado ao meu avô, sofri muito quando ele faleceu. Sempre morei e estudei na zona rural, tudo era novo pra mim. Já fiquei muitas vezes na rua, mas não pretendo voltar, é muito perigoso, minha mãe ficava muito preocupada. Hoje eu tenho outra vida, participo do projeto, gosto de jogar bola com meus amigos… Já me ofereceram drogas, nunca usei… O major Messias me encontrou na rua, ele me abordou e perguntou o que eu estava fazendo na companhia daquelas pessoas e me fez o convite para participar do projeto. Agora vou começar a estudar e pretendo seguir no projeto, gosto da profissão militar, quero ganhar essa experiência e levar isso pra minha vida

Carlos Cavalcante, guarda mirim{/xtypo_quote}

{/xtypo_rounded2}

* Nome fictício

Galeria de imagens

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter