Oficinas fazem sucesso na Bienal da Floresta

Escritores convidados para o evento dividem seus conhecimentos com a população

Nem só de exposição de livros e palestras vive a Bienal da Floresta do Livro e da Leitura. O evento trouxe para Rio Branco uma série de oficinas abordando diversos temas para quase todos os gostos. Espalhadas em diversos pontos do centro da cidade, elas vão desde o processo de editoração de livros até a produção de histórias em quadrinhos.

O escritor Fernando Monteiro é o responsável pela oficina Literatura e Cinema, onde faz contrapontos e abre discussões sobre a adaptação de romances para a telona. "Seria melhor adaptar um romance para o cinema ou escrever um roteiro direto?", indaga Monteiro. Além das discussões, a oficina também conta com trechos de filmes marcantes e até mesmo apresentações de filmes na íntegra, como O Céu Que Nos Protege, do diretor Bernardo Bertolucci, baseado no livro autobiográfico de Paul Bowles e que Monteiro considera "uma rara obra cinematográfica" que ficou melhor que sua obra literária.

Já o escritor infantil Celso Sisto é responsável por três Oficinas de Contação de Histórias. Em sua segunda vez no Acre, Sisto desenvolve um trabalho em que a pessoa é estimulada a contar uma história enriquecendo-a, tornando-a viva. Para isso, o público é ensinado a utilizar a voz, o corpo, a gesticulação e todos os seus elementos próprios sem necessitar de mais nada. Com uma oficina dinâmica e bastante divertida, Sisto leva seus alunos a várias situações diferentes, até mesmo a de conseguir contar uma história com apenas o corpo e nenhuma palavra.

Mercado editorial

Na tarde desta terça-feira, 2, foi encerrada a oficina de Editoração de Livros, ministrada pelo escritor Antonio Roberto Bertelli. Diferentemente das demais oficinas, essa tem um caráter mais técnico, voltado para a área de montagem do corpo do livro e do funcionamento de uma editora. "O que estou passando aqui é o processo do livro como um produto", informa Bertelli, que veio ao Acre pela primeira vez. Suas aulas vão desde a avaliação de livros para serem editados até desvendar passo a passo o ciclo de produção do livro.

Com uma turma composta por editores, diagramadores e escritores, Bertelli demonstrou estar satisfeito com o trabalho que realizou, e elogiou a iniciativa da Bienal da Floresta. Quando perguntado sobre o mercado editorial, revelou que não é uma situação fácil. "O difícil não é montar uma editora, mas mantê-la."

Ainda dá tempo de participar de algumas oficinas. Confira a programação diária na nossa Agenda Cultural.

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