O ministro dos Transportes, César Borges e o general Jorge Fraxe, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), desembarcaram em Cruzeiro do Sul, na manhã desta sexta-feira, 3, para acompanhar com o governador Tião Viana e o vice-governador César Messias o reinício das obras da BR-364.
Na recepção feita no auditório da Infraero, no Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul, também estavam o senador Aníbal Diniz; a deputada federal Perpétua Almeida; os deputados estaduais Geraldo Pereira e Jonas Lima e o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, que foi por seis anos diretor-presidente do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre).
No auditório o ministro Borges e o general Fraxe assistiram a um documentário sobre a história da BR-364 no trecho que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul. O vídeo mostrou que até o final da década de 1990 não era possível chegar ao Vale do Juruá, região mais ocidental do Acre, de carro. As imagens deixaram claro que em alguns trechos a BR-364 não passava de um caminho de mato batido, sendo possível trafegar apenas a pé.
“Nossa vinda ao Acre é no sentido de ajudar o Estado do Acre. Nosso interesse é procurar uma solução e não de olhar para trás, para o que se passou”, garantiu o ministro dos Transportes, César Borges.
A epopeia da construção de uma rodovia que corta a floresta
Por meio de depoimentos do engenheiro Fernando Moutinho, do Deracre, o ministro Borges e o general Fraxe foram informados que a rodovia é toda transversal a cursos de água, possui 55 pontes e precisou ser construída sob um solo classificado como “ruim” pela engenharia por ser argiloso e com baixa capacidade de suporte de peso.
Ao final do vídeo o governador Tião Viana declarou que na BR-364, no trecho entre a capital e o Vale do Juruá, é necessário ser feita manutenção frequente, tendo em vista que chove, por ano, cerca de 2.700 milímetros.
{xtypo_quote}É um sentimento de uma verdadeira epopeia do povo do Acre. O Governo da Frente Popular precisou romper com as dificuldades e com os impasses burocráticos para por fim ao isolamento secular que o Acre vivia.
Tião Viana, governador.{/xtypo_quote}
O governador frisou que o apoio do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff foram primordiais para a construção da BR-364.
O ex-diretor-presidente do Deracre, Marcus Alexandre explicou ao ministro César Borges e ao general Fraxe, diretor-presidente do Dnit, que até 1999 faltavam mais de 450 quilômetros para a BR-364 ser concluída.
O trecho entre Feijó e Tarauacá foi o primeiro a receber as obras e foi concluído em 2003. Foi a ligação entre dois municípios que eram separados por dois rios e sem pontes.
“Nosso maior desafio foi trazer os insumos para a construção da rodovia. Não tínhamos estradas alternativas. Era preciso usar balsas e trazer muitos insumos de outros Estados, o que encarecia a obra. A brita, por exemplo, precisava vir de Rondônia, local mais próximo daqui”, lembrou Marcus Alexandre.
Após a breve apresentação o governador Tião Viana, vice-governador César Messias, o ministro César Borges e o general Jorge Fraxe seguiram, de carro, até o rio Liberdade. Lá a comitiva acompanhou parte do reinício das obras de pavimentação e manutenção da rodovia.
Em seguida, a comitiva embarcou para Feijó, nas proximidades do rio Massipira onde será anunciada, nesta sexta-feira, 3, a ordem de serviço para conclusão da pavimentação da BR-364.
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