A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) promove a 12ª Rodada de Licitações, nos dias 28 e 29 deste mês, a partir das 8 horas (horário de Brasília), no Rio de Janeiro.
Dos 240 blocos disponíveis para a exploração de óleo e gás, 110 estão em áreas de fronteira – correspondem a 164.477,76 km² -, nas bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba.
“Garantimos indícios de hidrocarboneto nos nossos mapas e nos nossos estudos e vimos que o Acre tem evidências suficientes para gente colocar isso em licitação”, diz Magda Chambriand, diretora-geral da ANP.
Com 19.719,37 km² de extensão, a Bacia do Acre compreende as cidades de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e ainda Guajará e Ipixuna, no Amazonas.
O governo federal quer atrair investimentos para essas regiões e incentivar o surgimento de novas bacias produtoras de gás natural e de recursos petrolíferos. Em todo o Brasil, até 2016, serão investidos R$ 405 bilhões no ramo.
Crescimento – Na fase inicial dos estudos, a empresa de sísmica gerou 700 empregos apenas em Cruzeiro do Sul. O presidente da Federação da Indústria do Estado do Acre (Fieac), Carlos Sasai, ressalta a importância da participação da iniciativa privada.
“É um grande potencial econômico e de desenvolvimento para o Estado. Milhares de empregos podem ser gerados a partir dessa atividade”, comenta.
Com atuação no setor hoteleiro, o empresário Arlindo Queiroz aproveita o momento para expandir os negócios. “Eu fiz um investimento já pensando nessa oportunidade da Petrobras. Quem é empresário acredita muito no futuro”, relata.
Depois da licitação, começa o trâmite para entrega da documentação e da licença para a instalação. Com a definição da empresa contemplada, ocorre o processo de acomodação das bases e dos campos de prospecção, que começam a operar em dois anos.
“O governador já assumiu o compromisso de destinar os royalties e tudo que vier de valor agregado à exploração para a educação, saúde e, fundamentalmente, para programas ambientais”, avisa o senador Aníbal Diniz.