Participantes do Programa de Proteção de Jovens em Território Vulnerável, Protejo, participam dos debates de forma propositiva
A valorização profissional e otimização das condições de trabalhos; a prevenção social do crime e das violências e construção da cultura da paz. Esses temas fazem parte dos eixos de discussões da 1ª Conferência Estadual de Segurança Pública do Acre. São bases das diretrizes para a construção de um novo modelo de segurança pública com cidadania, em debate durante a 1ª Conferencia Nacional de Segurança Pública.
A etapa estadual é realizada desde quinta-feira, 09, e se encerra nesta sexta, 10 de julho no auditório da Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO).
A maciça presença de jovens na discussão desses dois eixos chama a atenção dos mais atentos. São jovens atendidos pelo Programa de Proteção de Jovens em Território Vulnerável, Protejo, inserido dentro do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) do Ministério da Justiça.
O "Protejo" foi implantado no Acre em dezembro de 2008. Trouxe para o Estado mais de 20 projetos de combate à criminalidade, além de ações sociais; e integra as políticas da Zona de Atendimento Prioritário (ZAP) do Governo do Estado.
No Acre o programa foi expandido para Rio Branco, Brasileia e Cruzeiro do Sul. Esses dois últimos municípios escolhidos por sua condição de fronteira com países notadamente envolvidos com o narcotráfico e a prostituição.
Em Rio Branco o "Protejo" foi implantando em zonas identificadas por maior exposição de vulnerabilidade social, a exemplo dos bairros São Francisco (zona 1), João Eduardo (zona 2) e Santa Inês e adjacências, zona 5.
A participação dos jovens na Conferência
De acordo com o coordenador do "Protejo" no Acre, Izomel Diniz 30, são 810 jovens cadastrados em todo o Estado. "Em Rio Branco são 530 e pelo menos 230 estão participando da 1ª Conferência Estadual de segurança Pública".
Diniz afirma que a escolha pelos eixos 3 e 5, foi sugestão da coordenação do Protejo, por estarem mais próximas da realidade dos jovens. Mas acrescenta: "Nós demos apenas sugestões. A escolha final é deles. Muitos optaram por participar da discussão de ouros eixos".
Testemunho de jovem garante sucesso do Projeto
Dione Ferreira dos Passos, 17, estudante do 3º ano do Ensino Médio é morador do bairro Mauri Sérgio. Ele lidera um grupo de evangélicos da Assembleia de Deus e conhece pelo menos dois jovens de sua comunidade tinham problemas com violência, mas que após o "Protejo" se transformaram. "Agora todos sentem falta deles quando não estão nas reuniões. São amigos, solidários, alegres e participativos".
Dione garante que através do programa conseguiu fazer três cursos. "Um de informática, que tem me ajudado bastante".
"Depois do primeiro dia de Conferência os jovens tomaram gosto pelas discussões. Agora participam dos debates, se sentem tão importantes quanto os demais. São ouvidos com atenção. Opinam e defendem suas idéias. A Conferência tem sido uma lição de cidadania", conclui.
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