Com capacidade de processar 30 toneladas de peixe por mês, foi inaugurada nesta segunda-feira, 23, a primeira indústria de embutidos de peixe no Bujari. O governador Tião Viana participou da solenidade de inauguração do empreendimento acompanhado pelo vice-governador Cesar Messias, pelo secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) Edvaldo Magalhães e do prefeito da cidade, Edvaldo Teles, o Padeiro.
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 Com capacidade de processar 30 toneladas de peixe por mês foi inaugurada nesta segunda-feira, 23, a primeira indústria de embutidos de peixe no Bujari (Foto: Gleilson Miranda/Secom) |
Segundo o prefeito Edvaldo Teles, os produtores de seu município esperaram quase uma década para realizar o sonho de ver essa indústria sendo inaugurada. “Isso mostra que o governo tem investido mesmo na área de piscicultura. Quem ganha com isso são nosso produtor rural e a nossa população, que vai consumir um produto de qualidade”, afirmou o prefeito.
Nesse começo dos trabalhos na indústria, serão processadas em média 13 toneladas de peixe mensalmente. Mas a indústria tem capacidade de expandir essa produção para até 30 toneladas/mês.
Parceria com os produtores
A Indústria de Embutidos do Bujari se tornou possível por meio da parceria firmada entre governo do Estado, prefeitura do município e Cooperativa de Produtores e Criadores Rurais (Coopeixe). Com a inauguração desse empreendimento, os produtores que trabalham na piscicultura poderão reduzir o tempo que levariam para lucrar com a produção.
Nesse início das atividades do empreendimento, estão sendo gerados 12 empregos diretos e 150 produtores estão envolvidos no fornecimento da matéria-prima. De acordo com o presidente da Coopeixe, Roberto Diógenes, antes desse empreendimento os piscicultores levariam pelo menos 12 meses para começar a ter lucros com a piscicultura.
“Esse foi um sonho que se realizou muito rápido. Isso implica uma evolução da produção impressionante. Nós vamos fazer três safras em um ano. Com a indústria, o produtor pode começar a ganhar dinheiro até cinco meses depois de iniciar sua criação”, detalhou o presidente da Coopeixe.
Diógenes explica que, depois que o peixe é vendido para a indústria, passa por separação para serem retiradas escamas e espinhas. Em seguida a carne é separada mecanicamente, surgindo um picadinho de peixe. Essa carne de peixe processada, sem escamas ou espinhas, é a matéria-prima que será utilizada entre outras coisas para melhorar o cardápio da merenda escolar.
Incremento na merenda escolar
O secretário de Educação, Daniel Zen, participou da inauguração da indústria do Bujari e garantiu que sua secretaria comprará parte da produção de peixes embutidos que será feita na indústria. Em maio a secretaria fará a compra do peixe por meio de recursos do programa Mais Alimentos.
Daniel Zen ressaltou que antes não era possível incluir o peixe no cardápio da merenda das escolas pública porque as espinhas poderiam causar risco às crianças. Porém, com o processamento o peixe se tornou viável e sem riscos para os alunos.
“O peixe é uma grande fonte de proteínas, de ômega 3 e de uma série de nutrientes, que elevam o valor nutricional da merenda escolar. Isso melhora o desenvolvimento intelectual e físico das nossas crianças”, observou o secretário de Educação.
Um passo para a consolidação da piscicultura
O governador Tião Viana destacou que o início dos trabalhos na indústria marca um momento sólido da industrialização do peixe no Acre. Tião Viana pontuou que o secretário Edvaldo Magalhães e sua equipe têm se dedicado muito para que o empreendimento começasse a funcionar.
“Hoje nós já temos a encomenda feita pela Secretaria de Educação para absolver toda a produção a partir do mês de maio. Isso quer dizer que é uma oportunidade enorme. O Bujari ganha emprego, a prefeitura ganha renda e gera produção na sua comunidade. O secretário Edvaldo afirma assim um Acre industrializado”, declarou Viana.
Tião Viana destacou que o governo colocou a piscicultura como grande vetor do desenvolvimento, e a inauguração dessa indústria de embutidos comprova que isso está acontecendo no Estado.
O secretário Edvaldo Magalhães disse que esse empreendimento é uma pequena demonstração de que o Estado está entrando num processo de agregação de valores para o peixe. “Com essa agregação de valor nós vamos aumentar a renda dos produtores. Isso é apenas uma demonstração. Em breve vamos inaugurar um complexo industrial completo, que vai fazer com que a gente possa dar um grande salto na cadeia produtiva do peixe.”
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