A política ambiental séria, os incentivos industriais e a organização estatal foram os atrativos acreanos que chamaram atenção da Universal Timber, empresa ligada a um grupo de investidores chineses que decidiu trazer para o Acre sua sede no Brasil. A meta é que até maio as instalações estejam concluídas na cidade de Sena Madureira para o início das atividades, enquanto a estrutura que será montada também em Feijó é preparada.
A Universal Timber fará um investimento total de aproximadamente R$ 40 milhões no Acre. As duas fazendas para o manejo de madeira foram adquiridas em 2009. “Também temos investimentos no Pará e em Rondônia, mas a seriedade que encontramos nos órgãos estatais aqui não é vista em outro estado. Aqui o Imac segue as normativas necessárias e isso é algo que nós precisamos para trabalhar. Dos investimentos feitos no Brasil o único projeto que obteve sucesso foi o acreano. Conseguimos trabalhar de forma bacana, honesta e lucrativa”, disse Lauro Gomes, representante da empresa.
O governador Tião Viana recebeu na manhã deste sábado, 14, os representantes da Universal Timber, incentivou a atividade, abriu as portas do estado e aproveitou para pedir seriedade com a política ambiental praticada no Acre.
“Aqui pode ser o melhor do Brasil para se trabalhar com a madeira. Temos uma política ambiental reconhecida, um ordenamento estatal e muito respeito pelas empresas que vem investir no Acre, à luz da legalidade. O lucro faz parte do negócio mas é preciso respeitar a legislação. Aqui vocês não vão encontrar situações ilícitas, mas a única coisa que queremos de vocês é que gerem emprego e respeitem as leis. Fazendo assim, vocês terão todo o apoio do governo do estado, e isso pode abrir muitas portas”, disse.
A empresa decidiu se instalar em Feijó após a certeza que a região será atendida pelo linhão de energia, possibilitando o trabalho da indústria. Alguns processos industriais de beneficiamento da madeira extraída no município serão feitos em parceria com o polo moveleiro local, como a fabricação de portas. Uma planta industrial também será instalada na Zona de Processamento de Importação (ZPE).
O secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, analisa o interesse da empresa chinesa em investir no Acre como “o acerto das nossas escolhas”. Para ele, isso prova que a decisão em investir na BR 364, a política industrial e a luta pela ZPE foram acertadas.
“A empresa vai se instalar em Feijó porque agora temos uma estrada que liga o Juruá ao Pacífico. Nunca falamos em ZPE com ela e fomos procurados para que uma planta industrial possa ser instalada lá dentro. Porque? Porque a nossa ZPE será a primeira a funcionar no Brasil. E eles são um grupo chinês. Nós somos o estado brasileiro mais próximo da China. Temos a saída para o Pacífico”, explica.