O governo do Estado, através da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), realizou nesta terça-feira, 14, o pagamento do bônus de Certificação das Unidades Produtivas Sustentáveis do Estado do Acre a 44 famílias de produtores rurais do Projeto de Assentamento Triunfo, no município de Plácido de Castro.
A cerimônia realizou-se na Câmara dos Vereadores e contou com a presença da coordenadora estadual do Programa de Certificação, Marlene Medeiros, e do chefe da unidade local da Seaprof, Marcos Aurélio.
O Programa de Certificação faz parte da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal, que consiste num acordo feito entre os produtores rurais e o governo do Estado, para trabalhar as propriedades de forma sustentável, com ênfase na recuperação de áreas alteradas e sem a utilização do fogo. Em contrapartida, o governo paga um bônus, de acordo com a etapa em que o produtor está inserido no programa.
Entre os benefícios do programa estão a remuneração por adoção de práticas sustentáveis, a inserção prioritária nos programas do governo através de fomento com mudas de frutíferas, essências florestais e sementes (feijão, milho, hortaliças e leguminosa) voltados para produção sustentável, e acesso a crédito do Pronaf.
Segundo Marlene Medeiros, o programa de certificação veio para contribuir no desenvolvimento das atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), incentivando o trabalho feito na propriedade rural familiar, com a finalidade de reverter o processo de desmatamento e queimadas promovendo a produção sustentável.
“O bônus do programa de certificação é um recurso financeiro pago aos produtores, que respeitaram e concluíram os critérios do termo de adesão. É um pagamento por serviços ambientais e incentivos à adoção de práticas produtivas sustentáveis”, ressalta o secretário da Seaprof, Lourival Marques.
O Programa de Certificação também priorizou o atendimento a 82 famílias, que estão inseridas no Programa Florestas Plantadas, que busca reflorestar áreas alteradas e também gerar renda a partir da floresta em pé. Assim, foram mecanizados 180 hectares, sendo em média dois hectares por família.
Ao todo já foram certificadas 3.208 propriedades rurais no Estado, o que significa que esses produtores estão abandonando gradualmente a prática da queima e ao mesmo tempo resgatando áreas alteradas com o cultivo de leguminosas.