Mais de R$ 18 milhões para o comércio e a indústria, R$ 13 milhões para a agricultura e R$ 12 milhões para a recuperação das encostas do Rio Acre, destruídas na alagação deste ano. Este foi o investimento anunciado pelo governador Tião Viana na Feira de Recuperação e Negócios do Alto Acre, realizada neste fim de semana em Brasileia. O evento foi criado para estimular o giro de capital e fortalecer a economia local, bastante abalada pela tragédia causada pela cheia do rio, que destruiu plantações, comércios e parte da infraestrutura das cidades.
Participaram da feira, realizada pelo governo do Estado e Sebrae, 23 lojistas, 16 indústrias, 21 barracas com alimentação e bebidas, e 25 produtores familiares. “Essa feira veio coroar toda a política de governo que o Tião Viana está fazendo. A feira contempla toda a região, não apenas Brasileia. Nós sofremos demais nesses últimos 120 dias, além de todos os bens que perdemos, as casas que foram destruídas, os comércios. Nossa autoestima ficou muito abalada, mas o governo esteve sempre ao nosso lado. A primeira-dama mandou muita ajuda solidária, e juntos, estamos vencendo essa fase da nossa história”, disse a prefeita Leila Galvão.
A primeira-dama, Marlúcia Cândida, parabenizou o empenho da prefeitura. “Aqui nós temos um povo que acredita, que luta e que se levanta após as quedas”, disse. O governador Tião Viana elogiou a organização do evento. “O Alto Acre vai se recuperar, será uma região forte, grande produtora de aves, de suínos. Aqui nós temos a indústria do látex, da castanha, do frango, e em breve a dos porcos, que vai gerar uma receita de R$ 80 milhões ao ano. Isso significa crescimento, emprego e renda para nossa população”, disse o governador.
O governo do Estado investiu R$ 10,8 milhões na reforma e construção de novos galpões nos parques industriais do Alto Acre. O incentivo é uma injeção de ânimo nos marceneiros. “É uma conquista para os marceneiros de todo o Estado”, disse o marceneiro Marcos Júnior.
Na feira foram assinados, até sábado, R$ 9,7 milhões em contratos de crédito, somente pelo Banco do Brasil, entre operações novas e em andamento. Segundo o secretário de Produção, Lourival Marques, o objetivo da feira foi cumprido. “E a prova disso está no sorriso de satisfação dos pipoqueiros, dos produtores. Conversando com uma senhora da barraca de tacacá, ela me disse que vendeu mais na mesma noite do que a venda de um mês inteiro. Era isso o que nós queríamos.”
Dom Porquito será mais uma indústria forte na região do Alto Acre
Além da indústria das aves, que em breve estará produzindo 75% da carne de frango consumida no Acre, a região também abriga uma das mais modernas indústrias de castanha-do-brasil, além da única indústria a produzir camisinhas com látex de seringal nativos. Em breve a Dom Porquito, indústria da cadeia da suinocultura, será inaugurada e trará a melhor tecnologia mundial para o setor, será um das plantas industriais mais modernas do país.
“O Acre começa na suinocultura com a melhor tecnologia do mundo. Somos top. E já tivemos a visita de empresários japoneses, mesmo antes de abrirmos, interessados em comprar a carne que vamos produzir. São mais de R$ 10 milhões em estrutura, além dos animais. É um investimento alto, mas que dará retorno para o Acre”, disse o empresário Paulo Santoyo.
Investimentos do governo do Estado
Liberação de subvenção econômica para empresas desalojadas pela enchente (R$ 410 mil) – 55 empresas serão beneficiadas com um salário mínimo durante 12 meses. O valor é para auxiliar no pagamento de aluguel para que as empresas possam funcionar durante o período de recuperação da infraestrutura.
Investimento nos parques industriais (R$ R$ 10,8 milhões), divididos entre reforma e construção de galpões em Assis Brasil, Brasileia e Epitaciolândia, sendo R$ 3,9 milhões para reformas e R$ 6,9 milhões para a construção de 29 galpões nos três municípios.
Assinatura de convênio com a Associação de Moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes (Amoprebe), no valor de R$ 240 mil, para a elaboração de planos de manejo para a comercialização legal de madeira.
R$ 13 milhões na produção agrícola, sendo R$ 1,3 milhões de crédito emergencial, liberados pela presidente Dilma Rousseff.
Anúncio de investimentos no programa de apoio à suinocultura (R$ 7 milhões), para construção de um frigorífico de alto porte e unidades produtivas para melhoria da produção.
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