Expoacre movimenta comércio ambulante

Em época de Expoacre, o carrinho de churros é transferido da Praça da Bandeira para o Parque de Exposições (Foto: Roberta Marisa)

Em época de Expoacre, o carrinho de churros é transferido da Praça da Bandeira para o Parque de Exposições (Foto: Roberta Marisa)

Cerca de 100 ambulantes cadastrados estão comercializando seus produtos dentro do Parque de Exposições. Os carrinhos e vendedores de doces, sorvetes, crepes, maçãs do amor, brinquedos, balões personalizados e demais produtos circulam pelas ruas, esquinas e pracinhas da Expoacre, chamando atenção dos visitantes. Agindo como verdadeiros artistas de rua, os ambulantes despertam o interesse dos consumidores. Eles cantam, brincam e se reinventam todos os dias. E como bons artistas, o apelo emocional torna-se um atrativo, principalmente quando o público alvo é o infantil.

Durante os nove dias de Expoacre, grandes e pequenos negócios aquecem a economia local. Com espaço interno mais valorizado e público para todos os gostos, os ambulantes conquistam consumidores sem brigar pela concorrência.

Conhecida como Selma, Elzira Maria, enfeita uma das esquinas do Parque com seus algodões-doces feitos com amor, por R$ 3. Enquanto ela enrola o algodão doce no palito, as crianças concentram o olhar para a máquina como se só avistassem nuvens doces de algodão.

Faturamento anima comerciantes como Elzira Maria e José Ricardo Lima, que há quase trinta anos trabalha como ambulante (Foto: Roberta Marisa)
Faturamento anima comerciantes como Elzira Maria e José Ricardo Lima, que há quase trinta anos trabalha como ambulante (Foto: Roberta Marisa)

Faturamento anima comerciantes como Elzira Maria e José Ricardo Lima, que há quase trinta anos trabalham como ambulantes (Foto: Roberta Marisa)

De dia, Selma faz serviços domésticos em casas de família e à noite enrola doces para festas de aniversário. Há quatro anos, ela resolveu apostar no comércio ambulante da Expoacre. “Aqui, arrecado mais do que em um mês de trabalho”, disse Maria, que espera manter a meta do ano passado de vender R$ 400 a R$ 500 por noite. Durante a feira ela conta com o apoio da amiga Luzenira da Silva.

Na esquina vizinha, Girlane Ferreira e o marido Ivonei Mambrine colocam a mão na massa para fazer churros recheados com doce de leite. Todo período de Expoacre, o carrinho com churros e bananinhas parte da Praça da Bandeira para o Parque de Exposições. “Uma noite trabalhada aqui não se compara a um dia trabalhado lá. Então, a expectativa é grande. A festa tem evoluído e a cada ano parece que aumenta”, comentou Girlane, que sai do Calafate à tarde e só volta na madrugada do outro dia, após ter vendido tudo.

Em meio aos grandes negócios encontra-se um pequeno grande empreendimento: “Pizza da Hora”, do autônomo José Ricardo Lima, 42. Ele trabalha desde os 14 anos de idade como ambulante e na Expoacre, há mais de 10 anos.  “Este ano melhorou bastante, principalmente o espaço da Feira. É o 13º ano que eu trabalho na Expoacre. E a procura é grande, porque as famílias querem um lanche rápido e mais barato”, explicou Lima. A produção da “Pizza da Hora” varia de 300 a 400 pizzas express por noite, com sabores como calabresa e frango, palmito e outras combinações. Além das pizzas, José vende refrigerante e água, todos a R$ 3 – base de preço seguido pela maioria dos ambulantes.

A Expoacre acontece até o dia 29 deste mês. Até lá o comerciante Raimundo Pinho da Costa, 56, morador do bairro Recanto dos Buritis, espera ter um bom lucro com a venda dos bombons, chicletes e cigarros. “Trouxe minhas coisas para vender na Expoacre desde o início. É uma renda de apoio no final do mês. Este ano foi mais difícil investir, tomara que o lucro seja melhor”, declarou Raimundo, que aposta no disparo das vendas para os dias dos shows de artistas nacionais.

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