Especialistas da Costa Rica dizem que Acre está no caminho certo

Em palestra a diretores e professores do Catie, Binho Marques mostra práticas de sustentabilidades em andamento no Estado

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Em palestra na Costa Rica, Binho falou a especialistas e pesquisadores sobre o projeto ambiental do Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

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Parceria com o CATIE vai ampliar pesquisas florestais no Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governador Binho Marques ministrou uma palestra para diretores e professores do Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (Catie), em San Jose, na Costa Rica, como parte da agenda de parceria entre o Acre e a instituição. Cerca de 40 pessoas, todos especialistas, reuniram-se no auditório da Escola de Pós-Graduação do Catie para ouvir a exposição de Binho Marques, cujo tema foi "Um Outro Mundo é Possível: Acre, Estado da Florestania". Durante uma hora e meia, a plateia conheceu as experiências de desenvolvimento sustentável do Acre. "Depois, eles avaliaram como essa visão está no caminho certo. Enquanto em outras regiões se discute sustentabilidade, o Acre mostra isso na prática", disse Eufran Amaral, secretário de Meio Ambiente do Acre, que acompanha Binho Marques junto com o secretário de governo, Fábio Vaz

A parceria com o Catie aprofunda as ações de sustentabilidade no Acre, que caminha para uma Nova Economia, baseada em baixo carbono e alta inclusão social.  O acordo com o Catie irá ajudar na redução da carência de profissionais qualificados ao novo desenho para o desenvolvimento do Estado. O Catie mantém cerca de 100 projetos em 17 países e possui mais de 200 parceiros. Pelo menos 1,9 mil estudantes de 40 países já se formaram pelos projetos da organização. Desse número, 100 são brasileiros. A presença do Catie fortalece o know-how técnico e científico para manejo florestal e produção sustentável.

Com o convênio firmado esta semana com o Catie, a instituição irá instalar um escritório em Rio Branco, num primeiro momento. Em seguida, deverá fixar-se em Xapuri, onde se pretende criar um pólo de referência na produção do conhecimento florestal. "Em muitas das ações, o Acre se espelha na Costa Rica", disse o governador Binho Marques ao professores e gestores da Catie.

O governador também conheceu o Fundo Nacional  de Financiamento Florestal (Fonafifo) que atua em favor de pequenos produtores através de financiamentos  (ou outros mecanismos) que promovam a gestão florestal com reflorestamento, arborização,  implantação de viveiros, sistemas agroflorestais, recuperação de áreas desmatadas e atualização  tecnológica.  Visa também atrair financiamento para compensação por serviços ambientais prestados pelas florestas, entre outros objetivos.  O Fonafifo é um órgão administrado por um conselho com sede em San Jose.

{xtypo_quote}Enquanto em outras regiões se discute sustentabilidade o Acre mostra isso na prática.
Eufran Amaral, Secretário de Meio Ambiente do Acre{/xtypo_quote}

Pesquisa, educação ambiental e ecoturismo

O governador e os secretários acreanos também visitaram a Reserva Biológica da Tirimbina, organização não-governamental de caráter educacional, científica e de destino de ecoturismo, situada em meio à  florestas e rios da região Norte da Costa Rica. Tirimbina oferece programas de educação para as escolas e estudantes universitários, além de instalações para grupos de estudo, voluntários e pesquisadores, destacando a biodiversidade e conservação da floresta numa área de 400 hectares.

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Governador, Secretário de Meio Ambiente Eufran Amaral e Assessor Fábio Vaz visitaram a Reserva Biológica da Tirimbina, organização não-governamental de caráter educacional, científica e de destino de ecoturismo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Os três pilares – pesquisa, educação ambiental e ecoturismo – se encaixam na proposta acreana para gestão de propriedades.  Além de Tirimbina, Binho Marques conheceu também a Ong Fundação Para o Desenvolvimento da Cordilheira Vulcânica Central da Costa Rica (Fundecor) que presta assistência a produtores rurais. A Fundecor foi fundada em 1989 para proteger e desenvolver as florestas da Costa Rica, localizado na Cordilheira Vulcânica Central.  Desde a sua criação, tem sido orientada pela missão de proteger os recursos naturais das montanhas centrais daquele País  através do uso de estratégias sustentáveis com base no mercado e no  conhecimento científico e tecnologia avançada para melhorar as políticas públicas quanto à conservação de florestas.  O princípio é que a conservação e o desenvolvimento produtivo deve coexistir em harmonia.  A incorporação de atividades econômicas informais de pequenos proprietários florestais tornou-se possível através de links criados pela ong  entre os proprietários florestais e as comunidades locais e globais econômicas.

Museu da Floresta no Seringal Cachoeira

Os diretores do Catie levaram Binho Marques e os secretários acreanos para conhecer o Jardim Botânico da instituição, que mantém um bosque de árvores com pinturas artísticas. Um dos autores do projeto é o subdiretor do Catie, Ronnie de Camino Velozo. A proposta do Jardim Botânico, que cultiva espécies do mundo inteiro, deve gerar o Museu da Floresta, projeto que, a princípio, será implantado no Seringal Cachoeira, em Xapuri, um dos palcos da trajetória de Chico Mendes e sua luta pela sustentabilidade socioeconômica do Acre. No contexto do Museu da Floresta, a ideia é se trabalhar um parque temático.

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Bosque de árvores com pinturas artísticas: proposta é implantar modelo no Seringal Cachoeira (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O Catie é uma instituição internacional cuja missão é o de reduzir a pobreza rural por meio da educação, pesquisa  e cooperação técnica, além de promover a gestão sustentável da agricultura e recursos naturais. Utiliza-se de vários projetos em favor da sustentabilidade, como a arte nas árvores.


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