A Eletrobras/Distribuição Acre intensifica o número de desligamentos das regiões consideradas inseguras próximas às áreas alagadas em Rio Branco. A medida atende a questões técnicas e de segurança e quer evitar a instalação de ligações clandestinas que colocam em risco vidas humanas. Como a do jovem Alan Felipe Marinho, morto nesta sexta-feira, 24, em Rio Branco no bairro Seis de Agosto depois de receber uma descarga elétrica ao tocar em um rabicho colocado irregularmente. A empresa havia desligado a energia da rua dez dias antes.
Atualmente em torno de oito mil unidades consumidoras estão sem energia em Rio Branco. A previsão é ampliar este número para 15 mil, em torno de 15% do total de unidades consumidoras da capital incluindo a área rural. “Vamos aumentar a área do desligamento para que as pessoas não tenham de onde puxar a energia”, justifica o diretor da Eletrobras, Celso Matheus.
A decisão da empresa recebe o endosso do Ministério Público do Estado, poa Promotoria de Defesa do Consumidor que avalia não haver responsabilidade civil alguma sobre a Eletrobras. “É uma situação extraordinaríssima de proporções gigantescas. Não há o que discutir. Trata-se da segurança e da preservação de vidas humanas. Energia e água não combinam. Aprendemos isso ainda crianças”, defende a promotora Alessandra Marques.
As equipes trabalham 24 horas para atender a demanda. Em alguns locais são recebidos com ameaça pelos moradores. Denúncias de ligações clandestinas ou pedidos de desligamentos podem ser feitos a qualquer hora para o número 0800 647 7196. A empresa faz novamente um alerta às pessoas que trabalham na ajuda humanitária e à população que circula de barco pelo rio, igarapés e áreas alagadas.
“Não toquem em nada, em nenhum fio Em alguns trechos, a água chega quase à altura dos postes”. A recomendação para as pessoas que ainda estão dentro das residências é quanto à medida da água. A energia deve ser desligada assim que a água chegar perto das tomadas.