Dentre as atividades em comemoração ao Dia dos Índios estão o festival de vídeo indígena, o anúncio dos vencedores do fundo de apoio a cultura indígena
As políticas públicas destinadas aos povos indígenas do Acre foi o assunto de destaque no Programa Dois Dedos de Prosa com o governador Binho Marques. As ações nesta área estão sendo norteadas pelos Planos de Gestão das Terras Indígenas, um mecanismo através do qual a população indígena define as estratégias, as prioridades e as demandas.
“O governo não chega de pára-quedas, não manda um projeto feito de um gabinete, dentro de uma secretaria de estado, são os povos indígenas que elaboram seus próprios projetos para as suas comunidades e nós financiamos”, ressaltou o governador.
Binho destacou ainda que o Governo tem trabalhado na valorização dos povos indígenas, e aprendendo com eles. Pelo menos na metade das mais de 200 aldeias de quinze povos indígenas, a língua original ainda é mantida. “Nos anos 70 nós tivemos no Acre muita pressão pela destruição na floresta e foram os povos indígenas que heroicamente conseguiram manter boa parte da nossa floresta preservada e mais do que isso, conseguiram manter viva uma cultura muito rica”, completou.
{xtypo_quote_left}O governo tem trabalhado cada vez mais para que esses povos possam realmente produzir o seu próprio sustento, manter viva a sua cultura.
Binho Marques, governador{/xtypo_quote_left} O governador anunciou ainda durante o Programa que irá participar do III Fórum dos Povos Indígenas. O encontro acontece a partir desta segunda-feira na aldeia dos Puyanawas, em Mâncio Lima, e no dia 22, Binho assina convênios, repassando recursos para o financiamento dos projetos apresentados pelas lideranças indígenas.
Uma das áreas que será fomentada é a educação. Em 1999, 915 índios estavam matriculados, hoje são seis mil pessoas na educação bilíngue multicultural. Serão construídas mais 22 escolas, sendo que três são de ensino médio, além da estruturação, o governo investe ainda na formação dos professores que são provenientes das próprias aldeias.
“A comunidade indígena está ganhando mais autonomia financeira para decidir suas prioridades, de organização social e isso graças a uma relação que não é clientelista. O governo tem trabalhado cada vez mais para que esses povos possam realmente produzir o seu próprio sustento, manter viva a sua cultura”.