Avaliação abrange aspectos como animação de torcida, interpretação e performance musical
Nem o sol forte, nem horas em pé desanimam os jurados convidados e voluntários que participam da difícil tarefa de escolher as melhores equipes do 9º Concurso de Bandas e Fanfarras do Acre. Eles têm a missão de analisar 17 itens tanto das bandas e fanfarras quanto de suas torcidas. Este ano, três dos 10 jurados vieram de outros Estados. Ao final do concurso permanecem em torno de uma semana para ministrar oficinas de capacitação nas áreas de Coreografia, Baliza e Mor.
Abel de Moraes, veio de São Paulo e tem os olhos atentos ao desempenho do grupo durante a apresentação. Participando de bandas e fanfarras há 29 anos, Abel de Moraes herdou da mãe coreógrafa o talento e o entusiasmo pela atividade. Ele é responsável pela avaliação do corpo coreográfico e viaja por todo o Brasil julgando este quesito. Em São Paulo é um dos jurados de concurso estadual que reúne centenas de equipes e faz o mesmo trabalho em competição nacional. Há uma semana estava em evento semelhante no Espírito Santo.
O jurado observou no Acre um enorme desejo de superação das equipes e destaca que a iniciativa desenvolve valores que ajudam a construir a formação do ser humano como trabalho em equipe, respeito, disciplina. “Senti aqui no Acre, levando em conta a realidade do Estado, uma necessidade de superação de todos, de vencer os obstáculos”, avalia. Além dele, Priscila Nunes também de São Paulo e Fernando Noronha, de Porto Alegre, ministram oficinas em suas áreas durante a próxima semana no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB). As inscrições podem ser feitas no colégio e são gratuitas.
Trinta anos de ritmo – Hoje jurado voluntário, Abelardo Vieira, tem em sua história de vida 30 anos dedicados a ações de promoção de bandas e fanfarras. Foi o primeiro regente a ter sua equipe, do CEBRB, premiada nacionalmente, ocasião em que ele mesmo trouxe o título de melhor regente de fanfarras do país. Durante o 9º Concurso de Bandas e Fanfarras ele dá apoio para ajudar a Associação de Bandas e Fanfarras do Acre (Asbanfacre) a realizar o evento. “Me ofereci como voluntário conheço as dificuldades que a atividade tem e estou sempre por perto para ajudar a Asbanfacre”, diz ele que começou a se envolver com o ritmo das bandas e fanfarras aos 11 anos de idade. Abelardo Vieira julga o quesito torcida.
O presidente da Asbanfacre reconhece que não é fácil encontrar pessoas para compor o corpo de jurados. “É preciso ter experiência naquele quesito e quem está apto às vezes está envolvido na organização do evento ou na promoção das bandas nas escolas”, explica.