Propostas acreanas serão debatidas na Conferência Nacional de Saúde e Meio Ambiente, em Brasília
Qual a relação entre a saúde e o meio ambiente? Se você parar para pensar vai perceber que o meio ambiente é responsável por parte das doenças causadas: as queimadas geram problemas respiratórios e os rios poluídos tornam inviável o consumo de água, gerando, por exemplo, as infecções intestinais. Estes são apenas dois exemplos de como a falta de cuidados com o meio ambiente geram impactos diretos na saúde humana.
E é esta relação entre saúde e meio ambiente que está em discussão na Conferência Estadual de Saúde Ambiental, que começou nesta quinta-feira, 22, e termina nesta sexta, no Horto Florestal, em Rio Branco. Cerca de 200 participantes estão reunidos para apontar diretrizes e propostas de ações estratégicas que serão levadas à Brasília para a Conferência Nacional.
O tema da Conferência Estadual é "A saúde Ambiental na Cidade, no Campo e na Floresta: Construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis". O evento está fundado em três eixos principais: Desenvolvimento e sustentabilidade sócioambiental no campo, na cidade e na floresta; Trabalho, ambiente e saúde: desafios dos processos de produção e consumo nos territórios; Democracia, educação, saúde e ambiente: políticas para a construção de territórios sustentáveis.
"O governo do presidente Lula está conseguindo de fato ouvir a sociedade para definir políticas públicas. Antes o Brasil não dava certo porque faltavam políticas públicas específicas para as diferentes áreas. A área da saúde é um problema porque sempre fizemos a política pensando na doença e este não é o caminho. O que tem que ser pensado é a saúde. Se mudarmos o nosso comportamento para viver melhor, a gente adoece menos, gasta menos com doença e sobra mais recursos para a saúde. É isso que tem que acontecer e uma conferencia como esta pode nos ajuda", comentou o presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável, Jorge Viana.
Segundo o coordenador executivo da conferência, o objetivo é estabelecer diretrizes para a política de saúde ambiental, que serão discutidas na Conferência Nacional que acontece em Brasília. "As realidades regionais distintas serão respeitadas e é importante que o governo federal possa tratar estas particularidades inclusive para o repasse de verbas", observou.
O secretário Estadual de Saúde, Osvaldo Leal, lembrou que a doença vem como conseqüência de um desequilíbrio ambiental e dos espaços urbanos, onde a doença encontra facilidades para se instalar. "A conferência vem também para identificar tudo o que Acre já faz de forma integrada e como a saúde tem utilizado as ferramentas disponíveis para diminuir o impacto das doenças nas nossas populações. Vamos discutir como utilizar e proteger o meio ambiente para promover a saúde. Acredito que o Acre tem condições de oferecer para a conferência nacional uma boa proposta de intervenção", disse.