Binho inspeciona obras na BR-364

Intensidade das chuvas de 2009 não permitiu conclusão neste ano, mas esforço dos últimos anos quatro anos garantiu condições para entregá-la em 2011

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Acompanhado do Diretor do Deracre e assessores, Governador Binho Marques inspecionou as obras na BR 364 (Fotos: Gleilson Miranda/Secom)

O governador Binho Marques inspecionou nesta quarta-feira, 8, as obras de asfaltamento da BR-364 no trecho entre Sena Madureira e Feijó. Acompanhado do diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária do Acre (Deracre), Marcos Alexandre e sua equipe técnica, além de secretários e assessores, Binho avaliou a complexidade da obra e o desafio de seu mandato em garantir que os serviços avancem o máximo possível. O esforço de 2007 até este ano ofereceram todas as condições para que a estrada seja concluída em 2011. "A BR 364 é a estrada da liberdade", disse o governador durante vistorias aos serviços do lote 1, lembrando que muito do que foi feito em 2008 acabou se perdendo em 2009 por causa da chuva. De toda forma, o compromisso e o esforço do governo têm garantido o avanço do Estado em todas as áreas, mas principalmente na questão da infraestrutura: "O Acre está mudando, crescendo. Mas nada cai do céu. Tudo é fruto de muito trabalho", afirmou.

Apesar do ano de 2009 ter sido complicado para o serviço de terraplanagem, que pouco avançou por causa do rigoroso inverno (dos 12 meses, em apenas dois não choveu), as obras foram retomadas com força total em 2010, conforme observou Binho Marques, o que assegura que o próximo governador não terá tanto trabalho para concluir a rodovia. Faltarão entre 50 e 63 quilômetros para completar a ligação entre Sena Madureira e Feijó, o que pode significar apenas 30% do total. No lote 1, por exemplo, já existem 29 quilômetros de capa asfáltica pronta e a imprimação chega a 81%. São empregados 255 homens e mulheres, sendo que 240 são moradores da região. A Camter, empresa responsável pelo lote, mantém locados 21 imóveis em Sena Madureira, segundo o gestor do contrato, Ernesto Negretti. "O grande desafio é que o primeiro lote é a base dos demais canteiros, que passam por aqui", explicou Marcos Alexandre. Por causa do movimento intenso, é previsível que muitos pontos tenham de ser recuperados depois de asfaltados.

Modelo da complexidade de se asfaltar estrada no Acre pode ser visto no lote 2, de 34 quilômetros de extensão, onde a cada 1.000 metros de base  de terraplanagem são lançados 3.000 sacos de cimento. O trabalho começa de madrugada. No total, a BR-364 possui 16 lotes, sendo que 224 quilômetros estão em recuperação e 90 km em serviço de restauração que é, na prática, a implantação do asfalto. Além disso, há 20 quilômetros de acesso às pontes e 2,6 mil metros de pontes.

O mais difícil do serviço conseguiu avançar, ainda que o clima não tenha colaborado. Em 2010, até a segunda semana de setembro, há bastante sol para que três mil homens e centenas de máquinas leves e pesadas avancem no asfaltamento tão sonhado. A BR-364 tem importância vital ligando, em uma direção, Rio Branco ao estado de Rondônia e ao restante do país – e a outra liga a capital do estado a Cruzeiro do Sul, passando pelos municípios de Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves. Apenas Manuel Urbano não fica na linha da rodovia, mas o acesso, de cinco quilômetros desde a estrada até a cidade, está pavimentado. Nesse acesso há duas pontes construídas no governo de Binho Marques.

No lote 2, mantido pela JM, o canteiro exemplifica o que acontece nos demais. A estrutura assemelha-se a uma pequena cidade. Nele, vivem cerca de 400 pessoas que podem contar com abastecimento de água, energia elétrica, padaria, açougue e telefone. Marinalda Martins é cozinheira e veio de Brasília em 2005, quando a JM trabalhava no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, e gosta da vida no canteiro. "Já me acostumei", diz.

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A BR-364 tem importância vital ligando, em uma direção, Rio Branco ao estado de Rondônia e ao restante do país – e a outra liga a capital do estado a Cruzeiro do Sul (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

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Binho inspeciona obras das pontes sobre rios Tarauacá e Juruá 

Construção das pontes segue em ritmo acelerado

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Binho acompanhou obras de construção das pontes que seguem em ritmo acelerado (Fotos: Gleilson Miranda/Secom)

A BR 364 é uma obra prioritária na fase 1 do PAC criado pelo Presidente Lula no início de seu segundo mandato para ultrapassar os obstáculos ao desenvolvimento, gerar emprego e renda em todo o País. Além dos recursos específicos para a rodovia, o governador Binho Marques conseguiu, com apoio do senador Tião Viana e da bancada federal, incluir no PAC a construção das pontes sobre os rios Purus, Envira, Diabinho, Tarauacá e Juruá. Em quatro anos de governo Binho Marques, está sendo aplicado R$ 1 bilhão para a  conclusão dos 224 quilômetros que faltam para ligar o Acre de Rio Branco a Cruzeiro do Sul.

As empresas contratadas trabalham em ritmo acelerado no esforço conjunto de tentar concluir as obras até dezembro de 2010. A ponte sobre o rio Purus já tem 70% de sua estrutura pronta. Nesta fase, 96 trabalhadores estão empenhados em concluir a obra até o final de novembro. Para Marcos Alexandre, ao governo Binho Marques também coube o desafio de construir as grandes pontes da BR-364.

De importância fundamental para o município de Feijó, a ponte sobre o rio Envira já tem 50% concluída e ocupa atualmente a mão-de-obra de mais de 100 trabalhadores, sem contar o pessoal que atua na implantação do acesso. Os insumos – entre os quais mais de 1.000 toneladas de aço e 8,5 mil m³ de cimento – já estão assegurados. Os reparos na ponte sobre o rio Caeté também já estão sendo feitos e serão entregues até o final deste ano.

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Empresas contratadas trabalham em ritmo acelerado no esforço conjunto de tentar concluir as obras até dezembro de 2010 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Desafio de construir no solo amazônico

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Governo do Estado investe em alternativas para administrar dificuldades de se construir em solo amazônico (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Para o Deracre, o desafio continua sendo o de fazer mais no curto espaço de tempo possível. Há sérias complicações quanto à permeabilidade do asfalto, uma vez que a região é recortada de lençóis freáticos, além do solo em que prevalece a tabatinga. Para superar a infiltração que deteriora a terraplanagem e o pavimento, as construtoras estão usando a colcha drenante, com 30 centímetros de brita. O material é "envelopado" a uma manta geotêxtil que garante o escoamento da água que flui debaixo do solo quando as máquinas realizam o corte da terra para alcançar a medida exigida pelas regras de pavimentação, de 6% do nível do solo.

De modo geral, os drenos possuem de 80 a 100 metros de comprimento por 12 m de largura. Pela boca desses drenos, na margem da rodovia, é possível constatar o alto grau de umidade do solo mesmo neste período de verão e sol intenso. A boca precisa ser limpa regularmente para não entupir. A tendência é que problemas relacionados à drenagem reduzam a medida em que o serviço se consolide. Para efeito de exemplo, o Deracre lembra que em 2009 ocorreram 8 deslizamentos no trecho entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, mas neste ano apenas uma ocorrência foi registrada.

Asfaltamento avança

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Máquinas e homens trabalham diariamente nos canteiros de obras da estrada (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

A reabertura da 364, realizada sem interrupção há 12 anos, muda tudo na vida da população dos Vale do Purus, Envira/Tarauacá e Juruá. A boa referência é o asfaltamento entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá, concluído no final do governo Jorge Viana, que integrou 25% da população do Acre e gerou incremento social e econômico que acabaram criando uma nova lógica no abastecimento de produtos e mercadorias, que era o grande problema da região durante o inverno. Em Cruzeiro do Sul, por exemplo, a dificuldade era quanto à carne bovina, produto de fartura no Vale do Envira/ Tarauacá. Com o asfalto, o mercado cruzeirense alcançou regularidade e estabilidade no abastecimento de carne de boi. Não há mais dúvida que o ex-governador Jorge Viana acertou em fazer a BR 364 a partir do Vale do Juruá e não a partir de Rio Branco. No trecho entre Sena e Feijó, existem oito lotes de obras que são mantidos por seis empreiteiras.

No lote 4, que está a cargo da construtora Fidens, o canteiro mantêm 300 trabalhadores diretos para avançar no asfaltamento de 35 quilômetros. A terraplanagem já alcança 95% da meta. Para 2010, conforme o engenheiro Ruy Nogueira, o objetivo é asfaltar 16 quilômetros e deixar grande parte pronta para a finalização no ano que vem. No lote 5, sob responsabilidade da Etam, a proposta é concluir 100% da terraplanagem e drenagem este ano, além de asfaltar 15 quilômetros.             

Qualificação de trabalhadores

A Construmil, que detém o maior lote, diz que a qualificação dos trabalhadores tem sido elemento agregador em sua política de recursos humanos. Encontrar profissionais habilitados não é fácil devido ao grande volume de obras que se espalha pelo Acre. Na BR 364, as empresas decidiram investir na qualificação, e pelo menos 150 trabalhadores alcançaram novas profissões nestes últimos anos. Muitos eram auxiliares de serviços gerais e passaram a ser tratoristas ou operadores de máquinas pesadas, por exemplo.

{xtypo_rounded2}NÚMEROS DA BR 364 (SENA MADUREIRA-FEIJÓ)

Lotes: 6
Empresas: Fidens, Cidade, Camter, JM, Construmil e Etam.
Número de trabalhadores: 3.000
Bueiros: 11.000 m
Galerias: 3.000 m
Terraplanagem: 10 milhões m³{/xtypo_rounded2}


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