A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto) divulgou nesta segunda-feira, 11, dados estatísticos sobre o número de doações de órgãos e transplantes realizados no Brasil, durante o primeiro trimestre de 2015.
O Acre figura em quarto lugar em número por milhão de população (pmp), por estado, nos transplantes de rim e fígado realizados no período, com 32,7 e 16,3 procedimentos respectivamente. Em 2014, o Acre ficou em décimo quarto lugar em número de transplantes de rim e em décimo em transplantes de fígado.
O estado mantém o segundo lugar em número de potenciais doadores (pessoa com diagnóstico confirmado de morte encefálica) por milhão de pessoas – 86,1, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com 103,8 potenciais doadores pmp. Já em relação às doações efetivadas, o estado cai para 8º lugar, com 15,2 doadores pmp.
“Podemos perceber um aumento significativo no número de doações efetivadas no estado. Esse número poderia ser ainda maior se mais famílias se conscientizassem e optassem por doar os órgãos de seus entes falecidos”, disse a coordenadora da Central de Transplantes do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, Regiane Ferrari.
De janeiro a março deste ano, 17 notificações para potenciais doadores foram informadas à Central Estadual de Transplantes do Hospital das clínicas (HC) de Rio Branco. Dessas, apenas três foram efetivadas. A recusa dos parentes da pessoa falecida continua sendo a principal causa da não concretização da doação.
“Há uma necessidade muito grande de mudar a forma de pensar da população com relação à doação de órgãos’, avalia Regiane.
Constam na lista de espera, 17 pacientes para rim, oito para córneas e três para fígado. De acordo com a Abto, de cada dez pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares.